Com faturamento de US$ 21,4 bilhões, setor passou a ocupar a 10ª posição no ranking internacional do mercado de softwares e serviços.
O mercado de software do País apresentou um crescimento acima de média em 2011, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) e a IDC Brasil. O setor atingiu a marca de 21,4 bilhões de dólares, aumento de 12,4% em relação a 2010, e a indústria nacional passou da 11ª para a 10ª posição no ranking internacional do mercado.
Atualmente, o mercado brasileiro de TI já representa quase 50% da movimentação na América Latina, e há quase uma década vem crescendo a uma taxa acima da economia chinesa, que tem o melhor desempenho mundial dos últimos 30 anos. A ABES prevê que até o fim desta década, o setor de software do Brasil deverá ficar atrás apenas dos EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha e China.
Entretanto, a ABES informa que essa oportunidade pode ser desperdiçada, pois as políticas setoriais consolidam um modelo de demanda baseado em serviço sob encomenda, com menos de 7% de software nacional, contra 22% de software importado, resultando numa balança comercial cada vez mais negativa para o mercado do País.
“Apesar de nos últimos oito anos esta demanda estar aquecida, numa média próxima a 20%, o setor de TI continua frágil, e predominantemente formado por micro e pequenas empresas, incentivando o crescimento da presença de capital internacional nas poucas grandes empresas”, afirmou Gérson Schmitt, presidente da ABES. “O setor exige cada vez mais técnicos especializados para fazer a mesma entrega que um software pronto faria com qualidade e relevantes ganhos de produtividade, essenciais para reduzir o déficit de mão de obra de TI e transformar o país num provedor mundial de soluções e inovação.”
Os dados são preliminares, mas indicativos mostram que o mercado nacional de Tecnologia da Informação e Comunicações deve ultrapassar os 190 bilhões de dólares em 2011, contra 165 bilhões de dólares registrados em 2010. O estudo completo está em fase final de elaboração e deve ser divulgado em breve pelas entidades.
Fonte: Uol