Casey Stengel, antigo gerente do New Iorque Yankes, disse certa vez em uma entrevista: “É fácil conseguir bons jogadores. Fazê-los jogar juntos é a parte mais difícil”.
Uma das coisas mais complicadas é o trabalho em equipe. Que o digam os técnicos de futebol, vôlei, basquete etc. Administrar as vaidades é uma arte onde poucos conseguem sucesso. Este problema está presente em todos os ramos da sociedade. No trabalho, no clube de serviço, nas instituições religiosas, e até mesmo no lar. Na verdade sempre acreditamos que podemos fazer melhor e que somos os únicos em condições de assumirmos a liderança.
Ainda que a totalidade de um grupo se beneficie da cooperação de todos, o interesse próprio de cada indivíduo pode agir em sentido contrário. Na verdade, difícil é conseguir uma forma de cooperação pura.
Não é fácil entendermos que fazemos parte de um mecanismo onde precisamos uns dos outros, onde ninguém é melhor do que ninguém, e que quando nos dispomos a exercitar a cooperação tudo se torna mais fácil. A convivência fraterna proporciona possibilidades de aprendizados, de troca de experiências, e, consequentemente, uma vida melhor para todos.
Carlos Torres Pastorino enfatiza no livro de sua autoria Minutos de Sabedoria: “O homem não pode viver isolado. Lembre-se que cada companheiro de jornada é um amigo que o ajuda e a quem você precisa ajudar. A cooperação existe entre todas as coisas criadas. Procure você também cooperar com tudo e com todos, em benefício da própria Terra que o acolhe bondosamente permitindo a sua evolução. Ajude sempre, e jamais desanime”.
Todos os homens são iguais diante Deus e submetidos às mesmas Leis da Natureza. A desigualdade social é obra do homem, resultado do orgulho, vaidade e egoísmo e desaparecerá de acordo com o avanço moral. O abuso da superioridade social para oprimir os fracos é altamente contrário às leis divinas.
Através do nosso esforço podemos desmentir a afirmação de Casey Stengel e jogarmos juntos na busca de dias melhores. Podemos nos engajar em atividades nobres, nos envolver em trabalhos voluntários de ajuda aos mais necessitados, conservando o espírito de equipe em prol de dias melhores. Sobre isso, sabiamente, o espírito “Bezerra de Menezes” diz: “Unidos seremos força. Isolados pontos de vista”.
Valentim Fernandes. Reside na cidade de Matão e é espírita desde 1989. É presidente do conselho deliberativo e diretor de doutrina do Centro Espírita Allan Kardec. Realiza palestras nas cidades da região sempre abordando temas do Evangelho.