Uma menina que os médicos acreditavam que não sobreviveria após o parto surpreendeu os especialistas ao se recuperar.
Kellie Burville, 27 anos, desenvolveu uma rara condição em que seu corpo ataca o feto durante a gravidez.
Ela e o parceiro Callum Campbell, 23 anos, ouviram dos médicos que sua filha Logan teria danos cerebrais tão graves que não sobreviveria, mas Kellie decidiu manter a gestação mesmo assim.
A mãe conta que recebeu a pior notícia depois de um exame. Um médico lhe explicou que o bebê havia tido um sangramento no cérebro e o órgão estava danificado. “O nosso mundo veio abaixo naquele momento.
Eu olhei para Callum e comecei a chorar. Eu tive meu chá de fraldas dias antes (…) o médico disse que se ela sobrevivesse, certamente não seria capaz de andar ou falar. Ela não seria capaz de se alimentar sozinha e não saberia quem nós somos”, diz Kellie.
Os pais afirmam que até começaram a preparar os detalhes do funeral da filha. No parto, contudo, as coisas já pareciam diferentes. A cabeça da menina, ao contrário do que se esperava, tinha um tamanho normal e ela começou a se alimentar logo em seguida.
Por outro lado, um exame indicava que a quantidade de plaquetas no sangue da menina era muito pequena e ela teve que receber uma transfusão.
Com quatro dias de vida, a menina foi diagnosticada com trombocitopénia neonatal aloimune, uma doença na qual os anticorpos da mãe atacam as plaquetas do bebê e podem causar sangramentos no cérebro e outros órgãos.
No mesmo dia, os médicos ficaram satisfeitos com a contagem de plaquetas no sangue e liberaram a menina para ir para casa.
Mas, agora com 4 meses de vida, a pequena confunde a opinião médica. Segundo a mãe, ela faz tudo que é esperado de um bebê saudável.
O médico que acompanha o caso afirmou aos pais que o cérebro pode ter se adaptado, usando outras regiões que não foram danificadas pelas hemorragias.”Eu estava apavorado, mas eu não poderia expressar como eu me sentia porque eu tinha que estar lá por Kellie.
Eu tinha que me manter forte por dentro porque eu não sabia o que iria acontecer. Logan está muito bem. É incrível ver ela fazendo todas as coisas que os médicos disseram que ela não era capaz de fazer”, diz o pai.
Um porta-voz do hospital se pronunciou sobre o caso: “Nossos médicos discutiram as implicações dos exames com Kellie e seu parceiro e ofereceram uma gama de opções, inclusive encerrar a gestação, já que havia uma chance maior que 50% de sérios problemas para a criança.
Kellie e o parceiro não foram aconselhados a interromper a gravidez, foram oferecidas opções para eles que incluíam a interrupção. Nós demos suporte total a Kellie e seu parceiro em sua escolha para continuar com a gestação. Nós entregamos seu bebê em uma seção de cesarianas e providenciamos tratamento após o nascimento de Logan em nossa Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Nós estamos felizes que Kellie e Logan estejam bem e desejamos que tenham um bom futuro.”
Fonte: Terra