Voo do beija-flor-de-anna foi estudado para melhorar criação de robôs voadores
Um estudo recente descreveu como os mosquitos conseguem sobreviver durante um temporal , mesmo atingidos por gotas de 50 vezes o seu tamanho. Os pesquisadores agora responderam a uma pergunta semelhante sobre o beija-flor.
Um novo estudo sugere que o pássaro continua voando em meio ao aguaceiro ajustando a sua postura e aumentando a frequência do batimento das asas. A pesquisa está publicada no periódico The Proceedings of the Royal Society B.
“A gota de chuva pode ser 38 vezes mais pesada que o beija-flor”, afirmou o primeiro autor do novo estudo, Victor Manuel Ortega-Jimenez, biólogo integrativo da Universidade da Califórnia, campus de Berkeley. “Imagine isso; trata-se de uma força enorme”, afirmou o autor.
Ortega-Jimenez e seu colega Robert Dudley estudaram uma espécie conhecida como beija-flor-de-anna ( Calypte anna ), que vive no oeste da América do Norte e pesa menos de 7 gramas. Eles descobriram que os pássaros continuam voando sem maiores ajustes sob chuva leve e moderada. Mas que, sob chuva forte, – simulada em laboratório por um pulverizador situado na parte de cima – os pássaros adotaram posições mais horizontais do corpo e da cauda. Eles também aumentaram a frequência de batimento das asas e ao mesmo tempo reduziram o ângulo de batimento com o qual as asas se moviam.
Assim como o estudo do mosquito – que descobriu que os insetos podem afastar-se das gotas de chuva e moldar-se à sua força – , este estudo também pode ajudar os cientistas a desenvolver robôs mais robustos, que possam lidar com mau tempo.
“Isso pode ser útil na construção de uma aeronave em miniatura”, afirmou Ortega-Jimenez. “Se esse conhecimento puder ser aplicado em aeronaves, talvez elas possam lidar com a chuva e não ter problemas durante os voos.”
Fonte: IG