A cada ano, dois milhões de crianças morrem de pneumonia no mundo. A maioria delas em países pobres. O tratamento mais comum, que sempre foi usado em bebês com problemas respiratórios é chamado de Bubble CPAP – Continuous Positive Airway Pressure, algo como “bolha de pressão de entrada de ar contínua e positiva”. É uma espécie de máscara que faz a quantidade certa de ar chegar até o pulmão dos pequenos. Acontece que tem um problema: nem toda máscara cabe ou se adapta aos diferentes tamanhos de bebês. Foi a partir dessa dificuldade que surgiu o AdaptAir, uma invenção sutil que pode salvar milhões de vida que mal começaram.
Como o principal obstáculo estava na fitinha que prende a máscara, não é e se espantar que a solução tenha vindo de um designer. O argentino Alejandro Palandjoglou, estudante de design de Stanford, foi até Bangladesh passar uma temporada em um hospital de lá estudando a tal da máscara. Depois de analisar diversos casos e discutir com os médicos locais, ele criou uma mascarada adaptável, que se encaixa nos mais variados formatos e tamanhos de cabeça. Com o feedback extremamente positivo dos profissionais de Bangladesh, Alejandro voltou para os EUA para finalizar seu último semestre na faculdade. O AdaptAir era só uma questão de tempo.
Aprofundando suas pesquisas, o estudante decidiu utilizar materiais que poderiam ser facilmente esterilizados, devido a constante reutilização das máscaras. Em agosto de 2011, ele conseguiu apoio de algumas entidades e voltou à Bangladesh para mostrar os avanços e finalmente desenvolver o protótipo final.
Atualmente, o AdaptAir já está pronto para a produção em massa, dependendo agora do não tão simples processo de negociação com as empresas interessadas em comercializá-lo.
Fonte: Revista Galileu