O austríaco Felix Baumgartner admitiu neste domingo (17) que nos primeiros instantes da queda livre da estratosfera, achou que perderia a consciência, pela “violência” da queda e da velocidade de descida.
“Foi mais difícil do que esperávamos”, afirmou o atleta em entrevista à emissora de televisão austríaca “Servus”, propriedade do patrocinador do projeto.
“Durante uns segundos achei que perderia os sentidos, está sob pressão, não se sente o ar”, explicou Baumgartner.
Apesar desses momentos críticos, o austríaco não quis abrir um paraquedas especial, para estabilizar a queda livre. “Do ponto de vista da consciência, sempre soube o que estava acontecendo”, relatou.
O austríaco também detalhou as reações ao salto. “Foi muito difícil. Você está desidratado, está cansado. Lá em cima é muito diferente, o corpo reage de forma diferente”.
Os cálculos da missão preveem que o atleta conseguiu obter a façanha nos 40 primeiros segundos de queda livre, quando atingiu 1.173 km/h. “Não senti isso (a quebra da barreira do som). Estava muito ocupado mantendo o controle. Não tenho ideia se voei através da barreira”, confessou.
Baumgartner conseguiu controlar a queda e evitar cair em parafuso, o que poderia ter levado a perder a consciência ou sofrer uma hemorragia cerebral.
A queda livre de Baumgartner foi de quatro minutos e 19 segundos, o que não permitiu que ele batesse o recorde mundial nesta modalidade, que era de quatro minutos e 36 segundos.
Esse recorde segue com Joe Kittinger, hoje com 84 anos, que em 1960, quando era membro das Forças Aéreas dos Estados Unidos, saltou de altura de 31.333 metros. Kittinger era um dos assessores de Baumgartner na tentativa de hoje. “Joe se gabou que seu recorde segue após 52 anos”, brincou o austríaco.
O austríaco bateu duas marcas com o salto deste domingo: realizar o mais alto salto de paraquedas e subir ao ponto mais distante da Terra.
Fonte: IG