Branco contínuo
Cientistas norte-americanos criaram um novo tipo de lâmpada de estado sólido, similar aos LEDs, que apresenta luz contínua, sem o conhecido “tremeluzir” (flicker).
A tecnologia é baseada em um tipo de material orgânico conhecido como FIPEL – Field-Induced Polymer Electroluminescent, polímero eletroluminescente induzido por campo elétrico.
Além da maior eficiência energética, a nova lâmpada emite luz branca muito pura – ao contrário do amarelado das lâmpadas fluorescentes e do azulado dos LEDs.
Yonghua Chen e seus colegas da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, usaram uma matriz de polímeros estruturados em nanoescala para converter as cargas elétricas em luz.
Lâmpada de plástico
O dispositivo é formado por três camadas de plásticos emissores de luz misturados com pequenas quantidades de nanomateriais que brilham quando estimulados eletricamente.
A emissão de luz foi otimizada pela adição de nanotubos de carbono à mistura – a elevada condutividade elétrica dos nanotubos facilita a transferência das cargas e seu contato com o material emissor de luz.
A variação dos materiais dopantes permite que a nova lâmpada seja fabricada de forma a emitir luz de qualquer cor.
Dispositivos emissores de luz baseados nos materiais FIPEL já vêm sendo pesquisados há vários anos por vários grupos de pesquisa, mas esta é a primeira vez que eles são postos para brilhar em larga escala e com boa eficiência, com potencial para substituir as lâmpadas tradicionais.
Lâmpadas planas
Como o material emissor de luz é de estado sólido e essencialmente um plástico, a lâmpada pode ser fabricada em qualquer formato – de uma folha totalmente plana ao tradicional formato das lâmpadas incandescentes.
Segundo os pesquisadores, seu dispositivo tem uma eficiência duas vezes maior do que as lâmpadas fluorescentes compactas e equivalente aos LEDs tradicionais.
“Essas lâmpadas não quebram, não contaminam o ambiente com mercúrio como as lâmpadas fluorescentes compactas e nem emitem aquela luz azulada dos LEDs,” disse David Carroll, coordenador do grupo.
Segundo os pesquisadores, pelo menos um fabricante de lâmpadas já se interessou pela nova tecnologia, que poderá chegar ao mercado já no ano que vem.
Fonte: Inovação Tecnológica