Não arrote. Coma tudo que estiver no prato. Aperte com força a mão na hora de cumprimentar. Reconheça o bom serviço prestado dando uma gorda gorjeta. Sabe isso tudo que você aprendeu sobre boas maneiras? Pode esquecer, dependendo do lugar para onde você for. O que é sinal de educação no Brasil pode ser visto como uma ofensa do outro lado do mundo – ou não tão longe assim. Veja alguns exemplos das diferenças culturais que se refletem nas boas maneiras.
1 – Comeu bem? Então arrote!
Na China, em Taiwan e em boa parte do Extremo Oriente, o arroto é considerado um cumprimento ao chefe de cozinha – e indica que a pessoa comeu bem e apreciou a refeição.
2- Cuidado com os pés.
Na maior parte do Oriente Médio e do Extremo Oriente é considerado um insulto apontar os pés para outra pessoa – especialmente a sola do sapato, que jamais deve ser mostrada. Nunca se devem colocar os pés para cima.
3- Mais do que um pedaço de papel.
Na maioria dos países asiáticos o cartão de visitas é visto como uma extensão da pessoa. Daí que dar pouco valor ao cartão – dobrando-o, escrevendo nele ou guardando-o sem olhá-lo com atenção – equivale a desrespeitar quem o ofereceu.
4- Saindo do aperto.
É meio estranho um aperto de mãos mole – dá a impressão de pouca disposição por parte de quem cumprimenta. Só que em boa parte do Oriente – e em particular nas Filipinas – um aperto de mão mais forte, daqueles de esmagar os ossos, é entendido como uma agressão, equivalente a apertar qualquer outra parte do corpo.
5- Guerra dos sexos.
Judeus ortodoxos não apertam as mãos de mulheres, e muçulmanas fervorosas não apertam as mãos de homens. Para tornar tudo mais complicado, um homem muçulmano aperta as mãos de uma mulher que não seja muçulmana. Mas no geral as pessoas desses dois grupos evitam tocar em pessoas do sexo oposto que não sejam de suas famílias.
6- Em pratos limpos.
Num jantar na China nunca tente limpar o prato para dar mostras de boa educação. Quem oferece o jantar pode ser visto como rude se não se mantiver enchendo seu prato. Para demonstrar o reconhecimento pela generosidade de seu anfitrião, deixe um pouco de comida a cada prato servido.
7- Dá um dinheiro aí…
No Japão e na Coreia as gorjetas são consideradas um insulto, e não um cumprimento. Para japoneses e coreanos tradicionais aceitar gorjeta equivale a mendigar – mas isso já começou a mudar, graças à maior presença de ocidentais com seus costumes.
8- Contando nos dedos.
O sinal de OK, com o indicador e o polegar fazendo um círculo e os outros dedos levantados, é bem aceito nos EUA, mas na Alemanha e na maior parte da América do Sul é visto como uma das ofensas mais graves – mandar o sujeito tomar naquele lugar… Já na Turquia o gesto equivale a chamar alguém de homossexual. No Brasil o OK vem ficando cada vez mais OK, com a adoção do gesto americano, feito só com o dedo médio para cima.
9- Paz e guerra.
No Reino Unido, o V de vitória, usado também como símbolo da paz, vira convite para uma briga se for feito com a palma da mão virada para dentro. É o mesmo que o OK que não é OK, ou o dedo médio mostrado para quem se quer ofender.
10- Mão boba.
Na Grécia é extremamente ofensivo fazer qualquer sinal que mostre as palmas das mãos abertas. Não se deve acenar mostrando a palma da mão, nem levantar a mão aberta para faze alguém parar. Para dar tchau na Grécia é preciso apontar a palma da mão para dentro, como faz a família real…
11- Pés descalços.
No Japão e em outros países da Ásia – e também em alguns da América do Sul – é obrigatório tirar os sapatos ao entrar na casa de alguém. E na Europa é de bom-tom perguntar se é melhor tirar os sapatos. Não há segredo aqui – é só uma questão de limpeza.
12- Chiclé fora da lei.
Muita gente acha feio mascar chiclé. Na França, na Suíça e em Luxemburgo isso é visto como algo vulgar. E Cingapura vai além de muxoxos – lá é ilegal mascar chiclé desde 1992, quando o povo se cansou de ter que raspar da calçada a goma mastigada e cuspida.
13- De canhota.
Na maioria dos países árabes a mão esquerda é considerada suja, o que torna extremamente grosseiro usá-la para cumprimentar alguém – tanto com um aperto de mãos quanto acenando. Também é falta de educação passar comida para alguém usando a mão esquerda. O motivo? No deserto, sem papel higiênico, as pessoas se limpavam com a mão esquerda. Como não havia água para lavá-la depois, a sujeira era removida na areia. Enquanto isso, a mão direita era mantida sempre limpa.
Fonte: Como tudo funciona