Nova esperança contra o mal de Parkinson.
Um exame, feito por cientistas norte-americanos, ainda em testes, pode ajudar na descoberta da doença ainda em fase inicial e facilitar seu controle.
Atualmente quando o Parkinson aparece, a pessoa já perdeu 70 por cento dos neurônios dopaminérgicos.
Um estudo publicado na revista Journal of Parkinson’s Disease mostrou que é possível rastrear pistas do mal no sangue dos pacientes, antes que qualquer característica da doença se instale.
A pesquisa, conduzida pelo Centro de Ciência Neurodegenerativa e Micromatrizes Genéticas do Instituto Van Andel, em Michigan, descobriu que as pessoas com chances de desenvolver Parkinson, apresentam um fluido cefalorraquidiano, ou seja, um líquido que aparece no cérebro, na medula espinhal, ou nos tecidos cerebrais.
Neles é possível identificar proteínas ou disfunções mitocondriais relacionadas ao distúrbio.
Como é muito invasivo para coletar essas amostras, a fonte ideal para fazer o exame é pelo sangue.
Os cientistas acreditam que há plasma nos biomarcadores para a doença.
Essas substâncias são indicadores biológicos, como mutações genéticas e proteínas secretadas pelo cérebro, que entram na corrente sanguínea.
Entre os biomarcadores que podem indicar o Parkinson estão microRNAs específicos da doença.
Já sabe-se que em torno de 4 por cento desses microRNAs, encontrados nos tecidos cerebrais saudáveis, podem ser infectados no plasma.
Os cientistas investigaram a expressão dos microRNas no sangue de 32 pessoas saudáveis e 32 com Parkinson e identificaram 13 microRNAs existentes apenas nos portadores da doença.
O teste seguinte, feito em 42 pacientes com Parkinson e 30 pessoas saudáveis se confirmaram.
Em nota , Patrik Brndin, diretor do Centro de Ciência Neurodegenerativa e Micromatrizes Genéticas do Instituto Van Andel, elogiou o trabalho de Sok Kean Khonn, a principal autora do estudo.
“Um teste diagnóstico que determine o status da doença poderá fornecer dados cruciais para intervenções terapêuticas mais eficazes e bem sucedidas… e o estudo da Dra. Khonn é um importante passo nessa direção”, afirmou.
A doença de Parkinson é degenerativa. Afeta o cérebro e os movimentos. Causa tremores, lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio, alterações na fala, na escrita e ainda não tem cura.
Fonte: Só Notícia Boa com informações do Correio Braziiense.