Hospital Albert Einstein libera bichos de estimação para visitar pacientes em SP

Um dos mais conceituados hospitais do país, o Albert Einstein, em São Paulo, tomou uma atitude polêmica, mas que agrada muita gente: está aceitando a entrada de animais de estimação para visitarem pacientes internados.

Claro, que tudo é feito com bastante rigor.

Foram feitos três anos de testes, preparo de equipes e criado um rígido protocolo, para que bichos de estimação possam entrar inclusive nas unidades semi-intensivas.

Gatos, cachorros e até passarinhos são permitidos.

Os donos tem que apresentar documentos de vacinação, atestado do veterinário comprovando a boa saúde do bichinho e se comprometerem a manter o animal quietinho no hospital.

“Mas, antes de tudo, é preciso a autorização do médico, que tem de colocar no prontuário do paciente que está de acordo com a visita. Uma equipe multiprofissional checa se todo o protocolo foi cumprido. Na menor dúvida, a entrada não será autorizada”, declara Grotto.

O Einstein é o 35º hospital do mundo e o primeiro da América Latina a conseguir o selo concedido pela organização americana Planetree e está dentro das regras de certificação internacional de humanização, que o hospital conseguiu no ano passado.

“Poder receber seus bichos aqui era um desejo frequente dos pacientes. Eles fazem bem e, sem dúvida, interferem na cura”, afirmou Rita Grotto, gerente de atendimento do hospital, à Folha.

O hospital diz que recebeu só uma queixa até hoje. A mãe de uma criança com leucemia reclamou da presença de um cão, mas recuou depois de receber explicações.

O aposentado Menachem Mukasiey, 67, está há uma semana internado com um problema no joelho e aguardava ontem ansioso a visita da poodle Bolinha.

“Já passei por vários hospitais e jamais me permitiram ver a Bolinha, que fica sem comer e depressiva enquanto estou fora. Aqui é o único lugar que me deixaram recebê-la, o que é uma alegria.”

Paulo de Tarso Lima, coordenador da área que implanta as medidas de humanização no Einstein, afirma que “não está se falando de uma vontade de todos os pacientes” e que “também não se autoriza a presença dos bichos em qualquer lugar, de qualquer maneira”.

Para o médico, o contato com os bichos pode levar “felicidade, paz e bem-estar” e auxiliar a recuperação de algumas pessoas.

“O encontro com um cão ajuda a relaxar, a retomar a preocupação com o corpo, o que pode ficar perdido em pacientes crônicos.”

O Conselho Regional de Medicina de SP e a Sociedade Brasileira de Infectologia não se manifestaram.

Fonte: Só Notícia Boa com informações da Folha.