Um estudo publicado nesta quarta-feira (17) revela a influência que um gene específico tem sobre a capacidade regenerativa do coração. Os responsáveis pela descoberta acreditam que ela possa ser aplicada em tratamentos cardíacos.
O gene em questão se chama Meis1, e sua atuação está naturalmente ligada aos primeiros meses de vida. Cientistas já haviam percebido que a atividade deste gene sobre as células cardíacas aumenta pouco após o nascimento – que também é o período em que essas células param de se dividir e o coração adquire a forma que terá pelo resto da vida, com diferença apenas de tamanho.
A equipe de Hesham Sadek, da Universidade do Sudoeste do Texas decidiu então testar se a “retirada” desse gene já na fase adulta faria com que as células do coração voltassem a se dividir.
A pesquisa, publicada na versão online da revista “Nature”, mostra que o bloqueio da ação do Meis1 obteve esse efeito desejado em camundongos no laboratório. Além disso, nenhum efeito colateral nocivo foi registrado nas cobaias.
Em estudos anteriores, a mesma equipe já havia descoberto que a multiplicação de células cardíacas é eficaz na regeneração do coração, necessária em casos de lesões graves, como um infarto. Portanto, se os médicos conseguirem controlar e induzir esse processo, poderão aplicá-lo na recuperação de pacientes.
Fonte: G1