O Ministério da Defesa vai liberar para consulta pública, em junho, documentos classificados como “secretos” ou “ultrasecretos” que envolvem Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis).
Entre os documentos disponibilizados estarão os da Operação Prato, da Força Aérea Brasileira, realizada entre 1977 e 1978, que acusou a ocorrência de luzes na região da cidade de Colares, no Pará.
Entre os documentos, há relatos de pilotos da FAB sobre as luzes e fotos de radar.
A decisão de divulgar os documentos foi tomada após reunião realizada nesta quinta-feira, entre a representantes do Ministério da Defesa e integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos.
“É a primeira vez que um Ministério da Defesa de um país senta-se à mesa com ufólogos”, afirmou Ademar Gevaerd, presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos.
Segundo Gevaerd, cerca de mil pessoas da região de Colares foram afetadas pelas luzes, das quais 400 tiveram que passar por tratamento e quatro morreram.
“Se efetivamente, a Defesa entregar todos os seus arquivos, nós vamos ter ainda mais subsídios para conhecer esse fenômeno e mostrar à sociedade o que aconteceu”, disse.
De acordo com o coronel Alexandre Spengler, desde a regulamentação da Lei de Acesso à Informação, em maio de 2012, a Defesa recebeu 107 pedidos de entidades ligadas à ufologia para a divulgação de documentos.
Foram 65 para a Força Aérea Brasileira, 26 para o Exército, nove para a Marinha, cinco para a administração central do ministério e dois para a Escola Superior de Guerra.
Desses 107, 26 foram atendidos e o restante foi indeferido porque se alegou que já estavam disponíveis no Arquivo Nacional, porque não existiam, ou porque eram considerados secretos.
A Lei de Acesso à Informação prevê que todos os órgãos revisem seus documentos secretos para verificar a possibilidade de abri-los até junho de 2014. “A Defesa vai se antecipar e abrir documentos secretos em junho deste ano”, disse Spengler.
Segundo o coronel, o Exército afirmou que não tem documentos sobre o evento conhecido como “ET de Varginha”, em 1996 em Minas Gerais, porque se extraviaram, ou foram destruídos, como é previsto em lei.
Fonte: Só Notícia Boa com informações do G1