A empresa Orbital Sciences Corporation juntou-se à SpaceX no time que empresas que a NASA selecionou no processo de privatização dos voos espaciais norte-americanos.
A Orbital lançou com sucesso, neste domingo, seu primeiro foguete Antares, desenvolvido com U$275 milhões repassados pela NASA.
O foguete de 40 metros de altura entrou em órbita levando uma carga simulada, equivalente à nave Cygnus, que a empresa pretende colocar no espaço no segundo voo do Antares, que deverá ocorrer nos próximos meses.
Se tudo der certo, a empresa receberá uma encomenda de U$1,9 bilhão da NASA para oito voos para levar cargas e suprimentos para a Estação Espacial Internacional.
Projeto de baixo risco
Apesar das inovações e melhoramentos típicos dos veículos espaciais, o Antares é um híbrido formado por várias tecnologias já conhecidas.
Segundo a empresa, é o chamado “projeto de baixo risco”, incorporando componentes e sistemas fabricados por fornecedores globais e já utilizados em outros veículos.
O foguete é impulsionado por dois motores AJ-26, de combustível líquido, derivados do foguete soviético N-1, construídos para missões à Lua que nunca ocorreram.
O segundo estágio, responsável por colocar as cargas úteis em órbita – sobretudo a nave Cygnus – é impulsionado por um foguete de combustível sólido derivado dos foguetes laterais dos ônibus espaciais.
A própria nave Cygnus é derivada do MPLM, (Multi-Purpose Logistics Module), uma nave sem motores que era usada para levar grandes cargas a bordo dos ônibus espaciais – esses módulos eram fornecidos à NASA pela agência espacial italiana, fabricados pela Thales Alenia Space.
A Cygnus será fabricada em duas versões, uma com capacidade para levar duas toneladas e outra podendo carregar até três toneladas de carga.
O lançamento marcou também a elevação da base de Wallops, no estado da Virgínia, à categoria de “espaçoporto capaz de efetuar lançamentos para a Estação Espacial”, segundo a NASA.
Fonte: Inovação Tecnológica