Em busca de alternativas viáveis a satélites de telecomunicações, a NASA (Agência Espacial Americana) anunciou na segunda-feira, 22, o lançamento bem sucedido do trio “PhoneSats”, artefatos de baixo custo feitos com smartphones. O lançamento foi feito no domingo pelo foguete Antares, da Orbital Science Corp a partir da base de Wallops Island, na Virgínia, Estados Unidos. O trio já está operando em órbita.
O handset escolhido foi um Nexus One, da HTC, equipado com o sistema operacional Android, mas com capacidades de chamadas e SMS desabilitadas. Eles estão em uma estrutura em forma de caixa, com 25 cm².
Segundo a NASA, a intenção do programa é provar que smartphones comuns podem ser utilizados como instrumentos de voo principais (ou cérebros) de um satélite plenamente operacional, mas muito barato, com funções científicas, medições atmosféricas e comunicações. Os PhoneSats já transmitiram sinais para bases na Terra, indicando que operam normalmente. O time do centro de pesquisas Ames, na Califórnia, continuará a monitorar as operações nos próximos dias, já que os aparelhos deverão permanecer em órbita nas próximas duas semanas.
Além de enviarem informações sobre suas condições de operação, os smartphones ainda tirarão fotos da Terra com suas câmeras. Segundo a agência, a maioria dos instrumentos necessários já está integrada nos aparelhos, incluindo processadores velozes, sistemas operacionais versáteis, sensores miniaturizados múltiplos, câmeras em alta resolução, receptores GPS e várias antenas.
O custo total de componentes extras (bateria maior e uma antena mais potente) dos três protótipos do projeto foi estimado entre US$ 3.500 e US$ 7.000, utilizando o hardware comercial primário e mantendo a missão ao mínimo de diretrizes. O custo total é apenas uma fração do custo tradicional de um satélite de comunicações tradicional, que chegam a custar algumas centenas de milhões de dólares. Mas, obviamente, não há base de comparação em relação à confiabilidade, durabilidade e, sobretudo, posicionamento dos satélites de longa vida no espaço, que exigem combustível e sistemas de navegação complexos muito além daqueles colocados no teste da NASA.
Fonte: DefesaNet