O Hospital de Clínicas, vinculado a Universidade Federal do Paraná (UFPR), está selecionando voluntários para uma pesquisa internacional relacionada ao Mal de Alzheimer, doença atinge 6% dos brasileiros com mais de 60 anos.
A pesquisa testa a eficácia de uma nova droga para evitar o aparecimento da doença.
A pesquisa tem sede na Inglaterra e recruta 700 voluntários em diversos países
Atualmente, existem quatro medicamentos utilizados em pacientes diagnosticados com Alzheimer. Nenhum deles, entretanto, reverte o quadro clínico.
São remédios que controlam a doença, fazendo com que ela evolua mais lentamente.
A nova pesquisa pretende encontrar uma saída para o problema, por isso, seleciona homens e mulheres entre 50 e 85 anos que apresentam alguma pré-disposição para o desenvolvimento do Alzheimer.
O alvo são pessoas que têm histórico positivo da doença na família e esquecimentos relativamente leves, que não prejudicam a produtividade no ambiente de trabalho, ou interferem no convívio social.
A medicação da pesquisa é subcutânea e dosada mensalmente.
A injeção será aplicada durante quadro anos nos voluntários, sempre com acompanhamento da equipe, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros e estudantes de Medicina. O nome da substância ativa e como ela age no organismo são mantidos em sigilo.
Não há efeitos colaterais, segundo a coordenadora da pesquisa no HC, a médica neurologista Viviane Zetola.
Voluntários
Está difícil conseguir voluntários.
As inscrições foram abertas em janeiro e até a semana passada apenas três foram aprovados.
O baixo número não é consequência de desinteresse, foram 140 inscritos e mais 160 estão na fila para realizarem os exames iniciais.
“É o critério extremamente rigoroso que faz com que a gente tenha uma seleção de pacientes iguais, seja em Londres, seja no Canadá, nos Estados Unidos, no Brasil. Nós vamos ter o mesmo tipo de paciente para poder dizer, daqui cinco anos, que, com a medicação, realmente conseguimos retardar ou fazer com que não aparecesse o Alzheimer”, explicou a médica.
Requisitos
O voluntário não pode:
ter nenhuma doença neurológica,
ter entrado em coma
ter sofrido algum trauma cerebral
estar usando medicação
precisa ter lapsos de esquecimento e
ter disponibilidade para o estudo.
Durante os quatro anos da pesquisa, ele deve comparecer pelo menos uma vez por semana e passar um período com a equipe no HC.
Caso o candidato, passe por esta fase inicial, a equipe verifica qual é grau da queixa de esquecimento.
É neste quesito que muitos candidatos são eliminados. “Chegam pessoas aqui para mim que acham que estão esquecidas, mas, na hora que a gente faz o teste, não aparece nada. São testes neuropsicométricos, nos quais os psicólogos passam diversos exercícios em números, em cálculos, em memória recente, memória pregressa, memória remota, diversas situações em que a gente consegue detectar se este esquecimento é maior do que a maioria das pessoas para aquela faixa etária”, explicou Zetola.
A pessoa que quiser participar da pesquisa pode entrar em contato pelo 0800-7621187.
Fonte: Só Notícia Boa com informações do G1.