Cidades do futuro
Iskandar Malásia – este é nome da primeira “metrópole inteligente” do sudeste asiático.
A cidade está sendo construída com fundações firmes em princípios de integração social, baixas emissões de carbono, economia verde, tecnologias verdes, sustentabilidade e todos os demais conceitos relacionados com uma nova economia mundial.
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que sim, desde que sejam cidades concebidas em novos formatos.
As Nações Unidas estimam que a população humana passará dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões até 2050 – e mais de 6 bilhões vão viver em ambientes urbanos, um número que é quase o dobro de hoje.
Esse aumento exigirá a construção de uma cidade de 1 milhão de habitantes a cada semana até 2050, segundo cálculos dos especialistas.
Além disso, o estresse ambiental causado por esse intenso crescimento urbano será imenso – mais de 70% das emissões de CO2 hoje se relacionam com as necessidades das cidades.
É por isso que especialistas internacionais afirmam que Iskandar e outros empreendimentos do tipo são modelos para o desenvolvimento urbano sobretudo nos países emergentes, com populações que crescem a taxas mais altas.
Opções para o futuro
E dinheiro para isso também parece não faltar.
Iskandar já se mostrou um poderoso ímã para o investimento privado, incluindo enormes estúdios da Pinewood Films, o primeiro parque temático Legoland da Ásia, e campi remotos de diversas universidades ocidentais, incluindo Universidade Newcastle do Reino Unido, Universidade de Southampton e Marlborough College, todas localizadas na “edu-city” de 140 hectares.
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu US$ 31,2 bilhões em investimentos, 38% dos quais vindos de fontes estrangeiras.
Isso é menos do que custará a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A diferença é que, em vez de consumo de recursos públicos em estádios sem utilização, a cidade de Iskandar deverá ter um PIB de US$ 93,3 bilhões em 2025, um aumento de 465% em relação a 2005, antes do início do projeto – um PIB per capita de US$ 31.100 dólares.
Além da “metrópole inteligente” de Iskandar, a Malásia está criando “aldeias inteligentes” e “eco-cidades”, constituídas de casas a preços acessíveis, instalações educacionais, de formação e de lazer de alta tecnologia e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado, proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores das pequenas cidades.
Fonte: Inovação Tecnológica