As técnicas para construção de arranha-céus ou para cobrança de impostos não necessariamente criações dos tempos modernos. Há cinco mil anos, na então metrópole de Uruk, estas práticas já eram conhecidas e aplicadas. Hoje chamada de Warka e localizada a 260 quilômetros de Bagdá, no Iraque, esta cidade foi a primeira metrópole da humanidade e, durante dois mil anos, foi considerada o centro da civilização.
Assim, ao menos, é apresentada Uruk em uma exposição recentemente inaugurada no Museu Pergamon, de Berlim. Esta cidade da Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, tinha prédios de 12 metros de altura, torres de 25 metros interligadas por uma plataforma e contava com uma elaborada rede de canais. Uma das obras mais famosas da cidade é famoso muro de Gilgamesh, de 11,5 quilômetros.
(Estátua de “Gilgamesh”, em gesso)
Além disso, segundo organizadores da exposição, antigos sumérios, assírios e babilônios criaram um código de lei, inventaram a roda, o arado e um calendário de 12 meses. Ainda foram encontradas placas de argila com lista de preços de cereais.
Estima-se que Uruk ocupava uma área urbana de 5,5 quilômetros quadrados, onde viviam de 40 mil a 50 mil habitantes, contudo este número poderia chegar a 85 mil. Acredita-se que a cidade só se tornou este berço da civilização por causa de uma grave seca, que fez com que a população do campo migrasse para a cidade. O governo era exercido por um rei que mesclava funções políticas e divinas.
Apesar de todas estas informações, pouco ainda se sabe sobre essa cidade, já que apenas 5% da história de Uruk foi revelada até o momento. Mais escavações e estudos serão necessários para montar este grande quebra-cabeça arqueológico e histórico.
Uruk seguiu como a maior cidade do mundo até o século VI a.C., quando foi superada pela Babilônia. A exposição “Uruk — Uma megacidade de 5 mil anos”, estará aberta em Berlim até 8 de setembro.
Fonte: Seu History por Museu Pergamon