A molécula que regula a depressão no cérebro foi identificada por pesquisadores chineses.
A vilã, chamada betaCaMKII, foi descoberta por cientistas do Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências.
A habênula lateral (LHb), região do cérebro que envia sinais para o sistema nervoso cerebral tem sido alvo de estudos de distúrbios do humor.
Os pesquisadores analisaram a LHb de ratos deprimidos desde filhotes e notaram um aumento da molécula betaCaMKII.
“A habênula lateral tem se consolidado como uma região-chave do cérebro na fisiopatologia da depressão.
Contudo, o mecanismo molecular pelo qual a LHb fica hiperativa nos casos de depressão permanece desconhecido.
Esses resultados, publicados na revista Science desta semana, identificam a betaCaMKII como um poderoso regulador de LHb e uma determinante chave molecular da depressão”, explica Hailan Hu, coordenador do estudo e professor do instituto chinês.
Para comprovar a suspeita de que a betaCaMKII seria responsável pela depressão, os pesquisadores estimularam a produção da molécula em ratos normais e realizaram testes para medir o humor das cobaias.
Em um dos experimentos, os animais receberam açúcar. “Camundongos normais preferem água com açúcar do que a água normal.
Ratos deprimidos perderam essa preferência, o que sugere que eles não apreciam as coisas prazerosas da vida.
Isso é chamado de anedonia, um sintoma central da depressão em seres humanos”, explica Hailan Hu.
Os sintomas foram revertidos quando a expressão da proteína foi reduzida por meio de uma interferência gênica.
As cobaias também foram tratadas com antidepressivos e houve uma redução do nível da proteína.
Este pode ser o primeiro passo para tratamentos mais eficazes contra depressão em humanos.
Os cientistas acreditam que, no futuro, a pesquisa pode auxiliar principalmente no tratamento de distúrbios de humor.
Fonte: Só Notícia Boa com informações do Correio Braziliense