A estátua Neb Senu, datada de 1800 a.C e encontrada na tumba da uma múmia egípcia, ficou famosa mundialmente por conta do misterioso movimento que realizava sozinha dentro da caixa de vidro em que estava exposta. A rotação de 180 graus foi capturada pelas câmeras de vídeo do Museu de Manchester, na Inglaterra, onde a peça se encontra há oito anos.
As imagens da movimentação da estátua de 25 cm de altura, talhada em pedra serpentina, percorreram o mundo, e diversas teorias foram criadas para tentar explicar o que poderia estar provocando os movimentos. Chegou-se até a cogitar que forças do passado do Antigo Egito estariam agindo sobre a estátua.
Depois de muita especulação, surgiu, recentemente, uma explicação satisfatória para os movimentos de Neb Senu. De acordo com o especialista Steve Gosling, que acompanhou detalhadamente e exaustivamente a rotação da estátua durante 24 horas, a conclusão é a seguinte: “a vibração detectada na estátua é uma combinação de diferentes fontes, como ônibus que trafegam nas áreas próximas ao museu e também as pisadas das pessoas nas ruas de intenso movimento”, disse Gosling à produção do programa de televisão britânico “Mistery Map”, que acompanhou o experimento.
Aparentemente, a estátua é mais suscetível à vibração externa (por isso que apenas ela se move, o que não ocorre com as outras peças do museu) por causa da forma convexa da sua base. A “ponta do iceberg” que permitiu desvendar este mistério foi a rotina diária dos seus movimentos: a estranha “dança” de Neb Senu começava às sete da manhã e seu pico de atividade ocorria às sete da noite. Em seguida, o ritmo diminuía até a meia-noite, quando ela parava suas movimentações. Ou seja, a peça se mexe de acordo com a intensidade dos movimentos do trânsito e das pessoas de Manchester.
Assista o vídeo da estátua de Neb Senu giranod no museu de Manchester
Fonte: Seu History