Existem 9 planetas no Sistema Solar. As pirâmides foram construídas por escravos judeus. O diamante é a substância mais dura conhecida. Todos esses fatos, cobrados em provas, que aprendemos durante os anos na escola já não são mais verdade. E, para atualizar você, o Business Insider fez uma lista útil de novas descobertas que ajudaram o conhecimento a evoluir – e você a se atualizar.
Confira:
1. Plutão não é mais um planeta
Esse talvez seja o item mais divulgado da lista. Afinal, desde 1906, sabe-se que havia um planeta depois de Urano, antigamente chamado de “Planeta X”. Em 1930, o astrônomo novato (de 23 anos!), Clyde Tombaugh, conseguiu fotografar o misterioso objeto e enviou o material para a análise em Harvard. Foi assim que Plutão foi descoberto e incluído no Sistema Solar. Seu nome foi ideia de uma garotinha de 11 anos, que sugeriu que o misterioso objeto se chamasse da mesma forma que o deus grego do submundo.
No entanto, em 2003, um astrônomo encontrou um objeto maior depois de Plutão, batizado de Eris. Então ganhamos o décimo planeta do Sistema Solar? Longe disso. A descoberta estimulou discussões entre astrônomos. O que faz de um corpo celeste um planeta? Eles decidiram basear sua classificação em tamanho e em localização. Com os critérios, tanto Plutão quanto Eris não poderiam ser considerados mais planetas.
Muita gente (incluindo o Sheldon Cooper) ficou chateada. E, apesar de Mike Brown, autor de “Como matei Plutão e como ele já estava prevendo isso” (“How I Killed Pluto and Why It Had It Coming”, no original em inglês), ter assumido a culpa, quem virou o símbolo da decadência de Plutão foi Neil deGrasse Tyson (sim, aquele do meme). O astrônomo defendeu Brown e o rebaixamento de Plutão para planeta anão com o seguinte argumento: se Netuno fosse um carro, Plutão, em termos de tamanho, não passaria de uma caixa de fósforos.
2. Diamantes não são a substância mais dura
Eles perderam o título de mais resistentes (Foto: Wikimedia Commons)
Desde 2009, ficamos conhecendo duas substâncias mais duras que diamantes: o nitreto de boro wurtzite e a londsdaleíta. O primeiro é 18% mais resistente que diamantes, enquanto o segundo elemento chega a um nível de 58%.
No entanto, não é fácil obtê-los. Como eles são instáveis na natureza, é difícil testar amostras – e justamente por isso, há quem questione se os cálculos sobre suas resistências estão corretos.
3. Escravos NÃO construíram as pirâmides do Egito
Não foram escravos judeus que as construíram (Foto: Wikimedia Commons)
Se você viu o “Príncipe do Egito”, pode achar que escravos judeus construíram as pirâmides. Mas a Bíblia não indica que isso aconteceu – e nem outras fontes sobre a história dos monumentos. Pesquisas arqueológicas recentes mostram que os próprios egípcios construíram as pirâmides. Os trabalhadores eram recrutados em famílias pobres, mas eram respeitados e ganhavam criptas próximas às pirâmidas, além de preparações funerárias.
Escravos não seriam tratados com tanto respeito.
4. Um brontossauro não é um dinossauro
Conheça o Apatossauro (Foto: Wikimedia Commons)
O que ele é então? Calma, dino-lover, não é que os pescoçudos expostos em museus hoje sejam de mentirinha ou dragões. Mas o brontossauro, em si, nunca existiu.
Explicamos: em 1877, um paleontólogo chamado Othniel Marsh encontrou um esqueleto incompleto de uma espécie que ele chamou de Apatossauro. Mas faltava o crânio do animal. Para terminar a réplica, ele usou a cabeça de outro dinossauro, chamado Camarassauro. No entanto, dois anos depois, ele encontrou um esqueleto completo de Apatossauro – só que o considerou uma espécie diferente da descoberta anteriormente e a chamou de Brontossauro.
O erro foi descoberto em 1903, mas o esqueleto de cabeças trocadas foi ‘arrumado’ apenas em 1979. Mesmo assim, muita gente ainda não sabe a verdade sobre o Brontossauro.
5. Você aprendeu que há um elo perdido na evolução entre os primatas primitivos e os humanos de hoje – mas este elo foi encontrado
Conheça a Ida (Foto: Wikimedia Commons)
E o ‘elo’ se chama Ida. O fóssil de 47 milhões de anos foi descoberto na Alemanha, em 2009, em condições perfeitas. A Ida seria a ligação entre nossos ancestrais, similares a lêmures, e os humanos e os macacos atuais.
A Ida foi classificada como Darwinius masillae, e tem semelhanças com um lêmure – mas possui traços de primatas atuais, como polegares opostos, falta de garras e membros mais curtos.
6. Dobrar um papel mais do que 7 vezes ERA impossível
Recorde quebrado graças a um papel higiênico (Foto: Wikimedia Commons)
Uma estudante americana do Ensino Médio, Britney Gallivan, não acreditou no que seu professor de matemática contou. Então ela comprou um rolo de papel higiênico gigante por 85 dólares e conseguiu dobrar o mesmo pedaço 11 vezes.
Ela desenvolveu uma equação baseada na espessura e densidade do papel que mostrou, na teoria, o que ela havia feito na prática. Desde então ela se formou na Universidade da Califórnia – Berkeley em ciências ambientais e fez uma pontinha no programa Caçadores de Mitos.
7. A Grande Muralha da China não é (totalmente) visível do espaço
Ela pode ser vista da Lua? Mais ou menos… (Foto: Wikimedia Commons)
Em 2003, o astronauta chinês chamado Yang Liwei admitiu que não era possível ver a Grande Muralha da Lua. O consenso hoje é que é possível ver ‘pedaços’ dela – mas só sob as condições ideais (quando há neve na estrutura), ou com câmeras poderosas. Segundo o astronauta da Apollo 12, Alan Bean, a única coisa que podemos ver da Lua são nuvens, oceanos e vegetações.
As fotos que mostram cidades e outras estruturas grandes ‘vistas do espaço’ são tiradas de satélites – o que, tecnicamente, não significa o espaço de verdade, apenas a órbita da própria Terra.
8. Há, possivelmente, 8 reinos para classificar as criaturas vivas
Dependendo de quando você cresceu, os professores falavam de três reinos da vida – animais, vegetais e monera (bactérias) – ou cinco, incluindo os citados anteriormente e mais os fungos e protistas.
Mas a classificação foi expandida desde então. Isso por que, quanto mais espécies encontramos, mais difícil é classificá-las. Agora são considerados reinos a Archaea (organismos quimiotróficos – que se alimentam de minerais), que eram incluídos antigamente sob o guarda-chuva do reino Monera. Há quem diga, também, que o reino Protista pode ser dividido em outros dois reinos: Archezoa e Protozoa.
Fonte: Revista Galileu