Cada vez mais pesquisadores levantam possibilidades de vivermos na Matrix

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O filme Matrix de 1999, escrito e dirigido pelos irmãos Wachowski, inaugurou uma nova era e propôs uma questão filosófica que se mantém há muitos séculos: seria o avanço da ciência o fim da espécie humana? Em 2001, o engenheiro especializado em mecânica quântica Seth Lloyd calculou o número de eventos ocorridos desde o Big Bang até o momento atual e concluiu que reproduzir as ocorrências ou a realidade seria impossível, pois exigiria mais energia do que o Universo possui. Entretanto, outros estudiosos são otimistas diante da possibilidade de criarmos uma realidade virtual, mesmo que imperfeita, onde não teríamos todos os detalhes abrigados pelo nosso subconsciente.

Em 2003, o professor Nick Bostrom, catedrático de filosofia da Universidade de Oxford, publicou um artigo em que assegurava que a realidade vivida por nós poderia ser resultado de uma simulação da informática. Utilizando a teoria de Bostrom, uma equipe da Universidade de Washington tratou de criar simulações de nosso universo em pequena escala, com o objetivo de detectar os “erros” ou padrões que indicassem que o universo em que vivemos nada mais é do que uma ficção temporária e fisicamente limitada. Apesar de toda a tecnologia disponível atualmente, a recriação exata de um átomo do universo demorou meses. Consequentemente, a reprodução de um universo adequado para este estudo consumiria um período incalculável.

Atualmente, pesquisadores se dedicam a estudar os erros gerados através da própria micro simulação do universo com o objetivo de compará-los aos “erros da física” (situações inexplicáveis com relação à trajetória das partículas de raios cósmicos) e, através deles, talvez detectar padrões que ocorrem na simulação que vivemos. E o diretor da equipe de estudos, Martin Savage, vai mais longe quando diz que se habitamos uma simulação criada no futuro, pode ser que existam muitos outros universos simulados paralelos.

Fonte: Seu History