SC atrai pacientes de outros Estados para fazer transplante

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Santa Catarina está no topo do ranking de voluntários para doações de órgãos, posição que ocupa há cinco anos.

Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mostram que em 2013 a média do Estado ficou em 26,8 doadores por milhão de habitantes, mais que o dobro da média brasileira que é de 10,7 doadores p.m.p..

O resultado é a redução no tempo de espera das filas para transplante, que caiu de 1401, em 2012, para 1206 no ano passado.

Por esse motivo, o Estado tem atraído pacientes de outras regiões, que se inscrevem na fila de espera de Santa Catarina, para ver se conseguem abreviar a longa espera.

É o caso do servidor aposentado Erasmo Lucena, de 45 anos, morador de Brasília.

Ele se inscreveu na fila de Joinville e aguarda ser chamado a qualquer momento.

Erasmo tem insuficiência renal crônica terminal e precisa fazer o transplante com urgência.

“Eu, particularmente quero ir para Joinville porque lá realmente, estatisticamente, é mais rápido e quero fazer o (transplante) duplo, rins e pancreas, porque sou diabético ha 35 anos, desde os 10, disse ele.

Ele não quer esperar o mesmo tempo que a irmã aguardou: “Minha irmã transplantou há um ano, ficou 11 anos em hemodiálise”.

Transplantes

Além de primeiro no ranking de doações, SC também é o 5º Estado que mais realiza transplantes por população e é o segundo com a menor lista de espera por milhão de habitantes em relação às demais regiões.

O Hospital São José é considerado referência em transplantes no Estado.

Filas

O Distrito Federal lidera o ranking de menores filas, com 147 pessoas por milhão de habitantes, seguido por Santa Catarina, com 334, Rio Grande do Sul, com 1.049, Paraná, com 1.116, e São Paulo, com 8.873 na fila de espera.

Aprovação

Os transplantes vêm crescendo no Brasil porque o número de doadores de órgãos dobrou nos últimos dez anos e, com isso, também o número de cirurgias: de 7.500 transplantes realizados em 2003, para 15.141 em 2012.

Os dados são Ministério da Saúde.

Mais de 50% das famílias brasileiras, ao perder um ente, são favoráveis à doação de órgãos.

Este é o maior índice de aprovação à doação do mundo.

A aprovação da população à doação subiu de 6,5% em 2003, para 13,5% em 2012.

Resultado

Em 2010, havia 59.728 pacientes aguardando na fila do Sistema Brasileiro de Transplantes.

Em 2013, este número caiu 35%, passando para 38.759 (até junho).

Em alguns estados, como Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal, já não há fila de espera para transplante de córneas.

Em outros sete estados (Acre, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Minas Gerais), a espera por transplante de córnea foi reduzida com tendência a zerar as listas.

O transplante de córnea representa 60% deste tipo de procedimento cirúrgico.

Amor

A doação de órgãos é um ato de amor.

Se você tem alguma dúvida, leia abaixo as respostas para as perguntas mais frequentes.

Como posso ser doador?

Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a família do desejo da doação, que só ocorre após autorização familiar.

Que tipos de doador existem?


Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. Pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Os não parentes só podem doar com autorização judicial.

— Doador cadáver – São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
— Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões.

Para quem vão os órgãos?

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.

Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica/cerebral?

Não existe dúvida quanto ao diagnóstico, pois é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.

Após a doação o corpo fica deformado?


Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.

Fonte: Só Notícia Boa com informações do SC Transplantes, A Notícia e Ministério da Saúde.

Serviço:

http://www.hospitalsaojose.org/doacao-de-orgaos.php