Tela de projeção transparente, plástica e superfina

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Pesquisadores do MIT, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova tecnologia de projeção que permite construir telas transparentes mais baratas.

É uma tecnologia de projeção que promete transformar vidros transparentes em telas de alta resolução.

Um vidro é transparente porque a luz ambiente não interage com ele, atravessando-o facilmente. É isso que impede que uma projeção apareça neles, já que a luz que você está tentando projetar atravessa sua tela.

Chia Wei Hsu e seus colegas idealizaram um material transparente no qual são incorporadas nanopartículas projetadas para interagirem com cores específicas.

Assim, cada nanopartícula intercepta feixes de luz de um único comprimento de onda, refletindo esses raios de luz, mas mantendo a transparência do material como um todo.

O resultado é um plástico transparente, repleto de nanopartículas metálicas, que deixa passar a maior parte da luz ambiente, mas refletindo com precisão a luz de um projetor a laser, gerando uma imagem de alta resolução.

Os pixels são nanopartículas de prata com diâmetro de 62 nanômetros, recobertas com uma camada de polímero transparente.

Tela transparente monocromática

O protótipo é uma tela de 25 x 25 centímetros e cerca de 0,5 milímetro de espessura, que foi criada deixando as nanopartículas revestidas com polímero esfriarem dentro de uma moldura.

A tela é tão fina que é praticamente uma película, que poderia ser aplicada em vidros de janelas, por exemplo.

Como as cores vermelha, verde e azul são cores aditivas, pode-se obter qualquer cor superpondo a luz do projetor a laser dessas três cores primárias.

Mas isso o protótipo ainda não faz, já que as nanopartículas foram fabricadas de forma a refletir apenas a luz azul.

“Em princípio, poderíamos implementar uma tela com todas as cores incorporando três tipos de nanopartículas, cada tipo espalhando seletivamente o vermelho, verde e azul. Como alternativa, pode-se projetar uma única nanopartícula com múltiplas ressonâncias, como um jogador de tênis que rebate bolas RGB específicas, mas a dificuldade aí reside em manter a alta transparência,” disse o professor Marin Soljacic.

Pode valer a pena o esforço, sobretudo pela alta transparência obtida até agora e pela pequena espessura da tela, o que pode realmente resultar em telas de projeção mais baratas – sobretudo se as nanopartículas de prata puderem ser substituídas por outras mais em conta.

Fonte: Inovação tecnológica