Shopping popular emprega pessoas carentes e cria empresários

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Um brasileiro que nasceu pobre, ficou rico, Elias Tergilene, criou uma rede de shoppings populares e hoje dá emprego para pessoas carentes e transforma pequenos comerciantes em empresários de verdade, formais.

Elias (foto abaixo) é mineiro, tem 41 anos, nasceu em Carlos Chagas, no carente Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais – e prometeu a si mesmo que escaparia da pobreza.

Na infância e adolescência foi criador de porcos, camelô e vendeu esterco nas ruas…

Hoje é um dos donos de um império de shoppings populares, da rede Uai, que faturou 24 milhões de reais no ano passado, o dobro de 2012.

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Foto: Elias Tergilene – VejaBH

Oportunidade aos pobres

São shoppings para a classe “G”, de gente, como ele gosta de dizer.

Mas o grande diferencial é a oportunidade que esses shoppings dão para as comunidades pobres.

Eles são abertos em regiões carentes e aproveitam 100 por cento da mão de obra do local para serviços de segurança, limpeza e escritório.

E abrem espaço para pessoas que trabalham em casa terem o próprio negócio legalizado.

São pequenos empreendedores como mulheres que costuram pra fora, que fazem doces, salgados, ou vendem roupas informalmente, homens que consertam máquinas e objetos para a comunidade…

Todos têm a possibilidade de abrir uma pequena loja no shopping popular – ao lado de gigantes como Lojas Americanas e Habbib’s – para começar uma vida nova e ganhar dinheiro honestamente.

“Quero ajudar as pessoas a fugir da falta de dinheiro, que é a pior coisa do mundo”, diz Elias Tergilene repetindo a frase que ouviu durante toda a sua infância, uma espécie de mantra do avô paterno, o libanês Nassif.

Elias acredita que dando trabalho a uma pessoa, haverá um bandido a menos nas ruas e nas cadeias.

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A rede

A rede Uai está em Belo Horizonte, Manaus e São Paulo.

O próximo shopping popular será no Morro do Alemão, favela pacificada do Rio de Janeiro, um investimento de 20 milhões de reais com previsão de inauguração até o fim do ano.

História

Aos 18 anos Elias abriu o primeiro empreendimento com endereço fixo, a Serralheria Augusta, que transformou em uma requisitada marcenaria, e 10 anos depois chamou a atenção do grupo italiano Doimo, especializado em móveis de luxo.

“Os estrangeiros compraram 51% das ações. Foi quando senti, finalmente, que estava bem de vida”, lembra ele.

Em 2008 Elias começou a investir no mercado popular e comprou um prédio em frente à rodoviária de Belo Horizonte. Seria o primeiro shopping popular da rede Uai.

Mais tarde o mesmo grupo italiano entrou na sociedade, uma rede de capital misto.

Que venham muitos shoppings populares por aí, Elias, para dar oportunidades, elevar o nível socioeconômico, a autoestima das pessoas carentes, a dignidade do homem, movimentar a economia e diminuir a desigualdade social do nosso Brasil.

Parabéns pela história, pelas apostas e pelas vitórias.

Fonte: Só Notícia Boa por Rinaldo de Oliveira vom informações da VejaBH e MaisBH.