Alzheimer: estudo diz porque caminhar ajuda a diminuir perda da memória

Cientistas descobriram porque fazer exercícios físicos ajuda a proteger contra o Alzheimer.

Um novo estudo da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, revelou quando as pessoas praticam atividades físicas moderadas, um hormônio é produzido em quantidades saudáveis durante o exercício, como uma caminhada rápida, por exemplo.

Esse hormônio produzido tem efeito protetor sobre as células nervosas e pode proteger a memória de um paciente com Alzheimer.

As conclusões foram publicadas na edição deste mês do periódico Journal of Alzheimer’s Disease.

O hormônio apontado pelos autores desse estudo, como um possível aliado das pessoas que têm doença de Alzheimer, é o hormônio liberador de corticotrofina. Essa substância é responsável por desencadear o processo de stress no organismo de um indivíduo e é encontrada em grandes quantidades em pessoas que têm problemas como ansiedade ou depressão.

No entanto, níveis normais do hormônio são benéficos à saúde, já que, de acordo com os pesquisadores, ajudam na sobrevivência das células nervosas e na atividade cerebral.

Pessoas com Alzheimer apresentam baixos níveis da substância.

A equipe responsável por essa nova pesquisa testou, em camundongos com Alzheimer, uma droga experimental que impede o hormônio liberador de corticotrofina de ligar-se ao receptor CRFR1, o que acaba bloqueando a ação do hormônio.

Com isso, os pesquisadores observaram que os animais apresentaram uma resposta anormal ao stress.

Os autores, então, submeteram parte dos camundongos a uma rotina de exercícios físicos moderados.

Esses animais, segundo o estudo, conseguiram restaurar a atividade normal do hormônio liberador de corticotrofina, permitindo que ele surtisse um efeito protetor sobre a memória.

Isso aconteceu porque as atividades físicas aumentaram a densidade das sinapses, os pontos de contato entre os neurônios que permitem a comunicação entre eles e cuja redução está associada aos sintomas do Alzheimer.

De acordo com Marie-Christine Pardon, que coordenou o estudo, esses resultados mostram que a atividade física não só pode desacelerar o processo de perda de memória em pessoas com Alzheimer, mas também é capaz de melhorar a resposta desses indivíduos ao stress.

Fonte: Só Notícia Boa com informações da Veja.