Pascoa, um momento de reflexão.

 

A origem da palavra Páscoa é Judaica e significa, “Pessachi” , passagem em hebraico, dia em que se comemora a libertação do povo Hebreu do cativeiro. “O povo Hebreu foi libertado da escravidão Egípcia por Moisés”.

Está evidente, ai, a referencia de que a páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural, e portanto o que fez a religião tradicional foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o á “Imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.

Jesus, quando esteve na terra, trouxe uma mensagem totalmente inovadora, baseada no perdão, no amor e na caridade.

Para aquele povo ainda tão materialista e primitivo foi difícil aceitar um novo Messias manso e pacífico, quando esperava um líder guerreiro e libertador da escravidão.

Os governantes da época temeram ser ele um revolucionário que ameaçaria o poder por eles constituído.

Por esses motivos, Jesus foi condenado à morte, crucificado, maneira pela qual os criminosos eram executados.

Como um ser de elevada evolução reapareceu em espírito (não em corpo material) aos apóstolos e a várias pessoas.

Assim ele comprovou a existência do espírito, bem como a sobrevivência após a morte física e incentivou a continuidade da divulgação de sua mensagem, missão essa desempenhada pelos apóstolos e seus seguidores.

A ciência já comprovou a impossibilidade da ressurreição, ou seja, voltar a viver no mesmo corpo físico após a morte deste, pois poucos minutos após a morte os danos causados ao cérebro são irreversíveis, já se iniciando o processo de decomposição da matéria.

Se ele ressuscitasse em seu corpo carnal estaria contrariando as leis naturais, criadas por Deus.

E como esta escrito “Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: – porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto”. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)

Sabemos que para Deus nada é impossível, portanto poderia ele executar milagres.

Mas iria ele derrogar as leis que Dele próprio emanam ?

Seria para atestar seus poderes ?

O poder de Deus se manifesta de maneira muito mais imponente pelo grandioso conjunto de obras da criação e pela sábia previdência que essa criação revela, desde as partes mais gigantescas às mínimas, como a harmonia das leis que regem o universo.

Jesus, portanto, se mostrou com o seu corpo espiritual, o que explica o fato de só ter sido visto pelos que ele quis que o vissem.

A Páscoa, como qualquer outro período do ano, deve ser um momento de reflexão, estudos e reafirmação do compromisso com os ensinamentos de Jesus, a fim de que cada um realize dentro de si, e no meio em que vive, o reino de paz e amor que ele exemplificou.

Temos o dever de transmitir às novas gerações o equivoco da violência da malhação de Judas, prática destoante do perdão recomendado por Jesus, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com todos os ensinamentos do mestre.

 

Autores diversos:

Compilação do texto: Bruno Silvestre.