A pergunta que todos fazem ao ver essa cratera é: até quando estas chamas continuarão flamejando?
Chamada de “porta do inferno” pelos habitantes de Darvaza, no Turcomenistão, a combustão teve início em 1971, quando geólogos soviéticos buscavam uma fonte de gás natural e encontraram uma caverna subterrânea repleta de gases tóxicos.
Por causa disso, as perfurações foram suspensas, e fogo foi ateado ao local para que a substância se extinguisse, porém isso nunca aconteceu. Ninguém tem ideia de quantas toneladas de gás já foram consumidas pelas chamas. Darvaza é uma pequena aldeia e está 260 quilômetros ao norte de Ashgabat, no meio do deserto de Karakum.
O deserto de Karakum, no longínquo Turcomenistão, esconde uma cratera, de 60 metros de diâmetro e cerca de 20 metros de profundidade que pode ser avistada a quilômetros de distância. Não por causa do seu tamanho (relativamente grande), mas porque ali, no seu interior, chamas e labaredas ardem ininterruptamente há cerca de 40 anos.
“A Porta do Inferno”
Conhecido como “A Porta do Inferno”, o buraco de fogo tem uma história que parece saída da pena de um criativo roteirista de cinema. Ao contrário do que se pode pensar, ele não é resultado de uma chuva de meteoros ou de um bombardeio intergaláctico, mas de uma experiência científica típica da Guerra Fria (1945-1991).
Parte da antiga União Soviética, o Turcomenistão foi um dos territórios que o governo de Moscou utilizou como laboratório nuclear. No deserto de Karakum, geologistas cavaram uma cratera para estudar o solo da região, rico em petróleo e gás natural. Na ocasião, a fim de bloquear a saída de gás metano encontrado no local, os cientistas decidiram atear fogo na cratera.
As chamas, porém, se mantiveram acesas e assim continuam até hoje. De tão intensas, sua luz pode ser avistada inclusive durante o dia. O malfadado experimento, claro, virou atração turística do país. Mas a “Porta do Inferno” é motivo de preocupação para o governo local, que teme pela segurança e a saúde dos cerca de 350 habitantes da vila de Derweze, a algumas centenas de metros da cratera.
A população é contrária ao seu fechamento definitivo. O lugar, afinal, já rendeu, e ainda rende, um bom dinheiro para a aldeia.
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Fonte: Seu History, Globo