Quando o casamento de quatro anos do coordenador de manufatura Leonardo Rodrigues chegou ao fim, o sãocarlense de 32 anos teve que lidar com o a dor do rompimento ao mesmo tempo em que assumia a tarefa da paternidade de um jeito que até então era desconhecia para ele. Após conseguir a guarda do filho Wendel, na época com um ano e meio, o pai deu início à experiência que diz ter sido a mais importante da sua vida.
“Foi uma situação atípica, mas eu me adaptei e hoje vejo que foi muito gratificante. Aprendi valorizar ainda mais meu pai. Não que eu não fizesse isso antes, mas a gente começa a enxergar a vida de outra maneira. Aprendi também que não é fácil para uma mãe cuidar sozinha do filho. Ela deixa a vida de lado para se dedicar”, relatou Rodrigues. Segundo ele, a situação inesperada ajudou a unir ainda mais a família.
Rodrigues contou que no começo foi tudo muito difícil. Mesmo com a ajuda da mãe e da irmã, ele precisou por muitas vezes deixar o emprego às pressas para levar o filho ao médico ou prestar qualquer tipo de auxílio que a criança precisasse.
“A partir do momento que um filho nasce sua vida, a sua rotina mudam completamente porque os pensamentos são outros. Acordava à noite várias vezes e no outro dia tinha que levantar cedo para trabalhar. Mas eu curti a fase da mamadeira, da chupeta, das fraldas, foi um grande desafio”, relembrou.
Convívio
Hoje com 5 anos, Wendel é muito apegado ao pai, que participa ativamente da vida dele. Ambos são caseiros e passam o tempo livre assistindo filmes. Quando saem, preferem ir ao cinema. “Eu também gosto de jogar videogame e brincar de fazer cócegas”, contou o menino.
Seis meses atrás a Justiça concedeu a guarda compartilhada. Às segundas e quartas Wendel fica com o pai; às terças e quintas, com a mãe. Eles revezam às sextas, sábados e domingos.
“Quando aconteceu a separação ele era bem pequeno, mas eu nunca impedi a mãe de vê-lo. Ele passa por acompanhamento psicológico para acompanhar essas mudanças e aceita tudo numa boa”, disse o pai.
“Eu aprendi a entender muito o meu filho só pelo jeito que ele me olha e fala. O apego que ele tem comigo é inexplicável, ele é todo carinhoso, chega e fala que ama. Isso é marcante”, relatou Rodrigues.
Fonte: G1