Se a Terra passasse por um novo processo de extinção em massa, como o que culminou com o fim dos dinossauros há 65 milhões de anos, um animal seria, segundo pesquisador da Universidade de Leicester, no Reino Unido, o mais apto a manter-se vivo em condições inóspitas.
Esse animal é o rato. Os cientistas dizem que a espécie mudaria e, com o tempo, se tornaria bem maior do que é hoje. Esses mega-ratos poderiam chegar a ter o tamanho de uma capivara, por exemplo, e até de uma vaca.
Na história do planeta, em ao menos cinco vezes ocorreram processos de extinção em massa, sendo o mais recente o que dizimou dinossauros. Nesse cenário, mamíferos aproveitaram o novo espaço disponível e o ecossistema favorável e popularam o planeta.
Dessa forma, o pesquisador britânico acredita que um novo processo desses deva acontecer na Terra daqui a um intervalo entre 3 e 10 bilhões de anos, graças à destruição ambiental feita pelo homem.
A extinção de diversas espécies de animais, dizem eles, é um sinal da probabilidade de uma nova dizimação massiva.
A ideia de que nesse contexto o rato seria o mais apto a sobreviver chegou aos cientistas após análise de diversas espécies que apontou que os roedores iriam se dar bem devido à sua comprovada capacidade de se infiltrar na maior parte do território terrestre e em sua persistência ao longo dos anos, mesmo com todos os esforços em exterminá-los.
Gatos, coelhos e cabras também chegaram a ser cogitados, quase pelas mesmas características, mas foram descartados por não serem tão populosos ao redor da Terra como os ratos.
Maiores, bem maiores
O mundo sem outras espécies competidoras, então, permitiria aos ratos crescer muito de tamanho, já que ao passo que animais dominam um ecossistema tendem a ficar maiores, explicam os pesquisadores, usando como exemplo os mamíferos, que cresceram após o fim dos dinossauros.
Os ratos que se proliferariam após esse apocalipse chegariam, então, a ter o tamanho de capivaras (o maior roedor vivo hoje) e até de uma vaca.
Um dos pesquisadores que liderou a análise comentou a probabilidade de que a previsão se torne realidade. “O estudo é um exemplo que chama a atenção para outro grande problema: a velocidade com que nós, humanos, estamos alterando as condições na Terra”, disse ao site LiveScience o pesquisador Jan Zalasiewicz.
“Claro que se trata de uma suposição, mas é algo baseado na forma como o planeta operou no passado e no tipo de criaturas que foram bem-sucedidas em termos de sobrevivência”, explicou.
Fonte: UOL