Pesquisadores estadunidenses propuseram à NASA uma forma inusitada de explorar o planeta Vênus. Ao invés de veículos tradicionais, que mal suportariam a pressão e temperatura do planeta, seria enviado um drone inflável, que voaria sobre a atmosfera do planeta.
Para que essa nova abordagem dê resultados, os pesquisadores projetaram um drone inflável e incrivelmente leve, de menos de 500 quilos. Segundo os engenheiros, o veículo teria um preço de construção extremamente barato e poderia ser construído em tempo recorde.
Batizado de VAMP (Venus Atmospheric Maneuverable Platform ou Plataforma Venusiana Atmosférica Manobrável), o veículo poderia operar por cerca de um ano antes que o gás em seu interior termine.
De acordo com as empresas Northrup Grumman e L’Garde, que apresentaram a proposta à NASA, a ideia é usar uma nave tradicional que levaria o VAMP até a alta atmosfera de Vênus. Preso por cabos à nave-mãe, o drone seria preenchido com hidrogênio e em seguida solto para voar na atmosfera em uma altitude que basicamente dependeria da carga levada.
Pelo projeto, os motores do VAMP seriam alimentados por painéis solares pelo calor produzido por um pequeno reator nuclear a bordo. Durante a noite, o engenho faria uso de sua envergadura de 151 metros e voaria como um planador. Como a velocidade do vento venusiano é bastante elevada, a equipe de projetistas calcula que seria possível uma volta no planeta a cada seis dias. Durante a missão, o drone poderia ser comandado da Terra por meio de sinais retransmitidos através da nave-mãe.
O objetivo da missão proposta seria entender melhor a atmosfera de Vênus, que muitos sugerem ser semelhante ao que aconteceria se a Terra sucumbir ao fenômeno do Aquecimento Global.
Se for bem sucedida, com quase certeza novas missões com drones com seriam repetida em Marte ou em luas de Saturno, o que ofereceria uma abordagem totalmente nova para estudar outros planetas do Sistema Solar.
Fonte: Apolo 11.com
Artes: No topo, concepção artística mostra o drone VANT sendo abastecido ainda na alta atmosfera do planeta. Acima, proposta de um possível voo de exploração em grande altitude. Créditos: Northrup Grumman e L’Garde, Apolo11.com.