Prever o futuro da tecnologia de alimentos está longe de ser uma tarefa fácil, porém muitos pesquisadores acreditam que é praticamente certo que nossa comida será altamente processada, porém nutritiva e saborosa, dentro de, pelo menos, 25 anos. Um ponto parece ser implacável: a maneira de viver da população dita as mudanças dos alimentos e, em uma sociedade cada vez mais urbanizada, é preciso levar comida para toda essa gente. Desta maneira, tecnologia e ciência entram em campo na questão dos alimentos.
De acordo com Richard Archer, chefe do Instituto do Alimento da Universidade de Massey, na Nova Zelândia, atender aos desejos das pessoas no quesito alimentação é uma tarefa difícil: “mais e mais pessoas querem conveniência; mas essas mesmas pessoas estão gastando mais tempo no fim de semana na cozinha ‘real’”, diz ele.
“A indústria tem produzido uma série de alimentos com baixas quantidades de açúcar e sal, porém os consumidores reclamam do “sabor reduzido” destes produtos”, observa o pesquisador. Talvez, por conta disso, alimentos ricos em açúcar e gordura são maioria nos carrinhos de supermercados.
Transformação da carne vermelha
Archer acredita que um alimento que deverá passar por uma mudança nos próximos 25 anos será a carne vermelha. Para ele, as pessoas passarão a comer porções cada vez menores deste alimento, cuja produção, atualmente, é considerada cara e ineficiente. Archer apelidou esse alimento de “Carnes do Novo Mundo”: elas seriam produzidas com proteína vegetal, misturada com carne, para completar a nutrição e fornecer sabor, tudo com uso de muita tecnologia.
Impressora 3D na cozinha
Outra previsão do pesquisador é o uso de impressão 3D de alimentos em nossas cozinhas. Por isso, não pense que, dentro de 100 anos, o jantar em família será parecido com o que temos hoje. “A impressora fará os alimentos que não existem, que não têm nomes ainda. E vai fazer o alimento que você projetar, conceber, nomear e talvez vá vender.”
Além disso, não será apenas a alimentação humana que irá mudar, acredita Archer. Algo semelhante irá acontecer com peixes e frangos, que serão alimentados com insetos e algas cultivadas de forma industrial em fluxos de resíduos. Mas, diante de todas estas mudanças, será que nosso paladar aceitará todas essas novidades tão radicais para os tempos de hoje?
Fonte: Seu History por The New Zeland Herald, Future Food 2050