5 arrependimentos mais comuns ao fim da vida

idoso

Viva a vida intensamente. Aproveite cada dia como se fosse o último. Realize seus sonhos. Essas são frases feitas repetidas exaustivamente. Mas, o fato é que na correria do dia a dia muitos questionam suas escolhas e temem se arrependerem mais tarde de algo que fizeram ou deixaram de fazer. Essa é uma dúvida tão comum que a enfermeira Bronnie Ware percebeu que o tema poderia render um livro e, baseada em suas experiências, selecionou os cinco maiores arrependimentos dos seres humanos.

Bronnie trabalhou por muitos anos com Cuidados Paliativos, um tipo de tratamento que busca melhorar a qualidade de vida de pacientes que estão em seus últimos meses de vida. Através de uma equipe de profissionais, os pacientes e seus familiares tendem a encarar com mais facilidade as dores de natureza física, social, emocional e espiritual.

De acordo com a enfermeira, os pacientes ganham uma clareza de pensamento incrível no fim de suas vidas. Confira a lista do seu livro, publicado nos Estados Unidos, “The Top Five Regrets of the Dying” (“Top Cinco arrependimentos daqueles que estão para morrer”) e os comentários da enfermeira:

1 – Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse

“Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos e têm de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram, ou não tomaram. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais.”

2 – Eu gostaria de não ter trabalhado tanto

“Eu ouvi isso de todos os pacientes homens que eu trabalhei. Eles sentiam falta de ter vivido mais a juventude dos filhos e a companhia de seus parceiros. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho.

3 – Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos

“Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem realmente eram capazes de ser. Muitas desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que carregavam.”

4 – Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos

“Frequentemente, eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até chegarem em suas últimas semanas de vida e não era sempre possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Tiveram muitos arrependimentos profundos sobre não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo.”

5 – Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz

“Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida – que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso ‘conforto’ com as coisas que são familiares, o medo da mudança fez com que ele fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo.”

A pedido do Hospital Albert Einstein, a Dra. Ana Cláudia Arantes, geriatra e também especialista em cuidados paliativos, analisou a publicação e falou sobre cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana.

O vídeo com os comentários pode ser conferido abaixo:

Fonte: CicloVivo