O mistério em torno de Stonehenge, repentinamente, ficou mais profundo, literalmente falando. Um estudo, considerado o primeiro do gênero, sugere que 15 monumentos, anteriormente desconhecidos ou pouco conhecidos, estão escondidos sob um antigo monumento de pedra e seus arredores.
Para realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram várias técnicas, entre elas um radar de penetração no solo e escaneamento a laser 3D, para criar um mapa do subsolo altamente detalhado de toda a área. Segundo um comunicado do Instituto Ludwig Boltzmann de Prospecção Arqueológica e Arqueologia Virtual, um dos parceiros do estudo, as tecnologias usadas são muito menos destrutivas do que as técnicas tradicionais, que usam escavação exploratória.
Conhecido como “Stonehenge – Projeto Paisagem Escondida”, o esforço de quatro anos sugere que aconteceram muitos mais coisas na região do que imaginado – como evidenciam todos os monumentos recentemente identificados.
Uma das novas descobertas é uma espécie de calha antiga, que corta uma vala de leste a oeste, conhecida como “Cursus”, de acordo com o Vince Gaffney, arqueólogo da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e um dos cientistas por trás do projeto.
Gaffney acredita que Cursus se alinha com o nascer do sol nos equinócios de primavera e outono, e que o vale recém-descoberto pode ter servido para as pessoas realizarem processos cerimoniais em direção ao centro de Stonehenge para o sul.
A calha e os outros monumentos recém-descobertos têm “transformando absolutamente” a maneira como os arqueólogos estão estudando a área, disse Gaggney. No entanto, “até que você cave buracos”, reconheceu o arqueólogo, “você simplesmente não sabe o que realmente há ali.”
A nova pesquisa se baseia em resultados de outubro do ano passado, indicando que a área em torno de Stonehenge é a mais antiga região da Grã-Bretanha continuamente ocupada. Os cientistas acreditam que a área pode ter sido ocupada a partir de 8.820 a.C..
Fonte: Seu History