TeleHumano: projeção 3D quase holográfica

Quase holográfico

Ela ainda não faz teletransporte, mas a cabine de visualização 3D criada por engenheiros da Universidade de Queens, no Canadá, bem se parece com o aparato de Jornada nas Estrelas.

O Dr. Roel Vertegaal está, por enquanto, mais entusiasmado com as possibilidades de dar vida nova às videoconferências e às visualizações científicas.

Este é o principal objetivo da sua tela quase-holográfica 3D, batizada de TeleHumano.

“Por que falar via Skype com alguém se você pode ter à sua frente uma imagem holográfica 3D em tamanho real da outra pessoa?” pergunta Vertegaal.

A rigor, não se trata de um holograma, mas de uma visualização que simula uma projeção holográfica.

Para isso, cada um dos dialogadores se posiciona defronte sua própria cabine cilíndrica transparente – que a equipe chama de “Pod” – e fala naturalmente com a outra pessoa, vendo-a como um holograma 3D, como se ela estivesse posicionada no centro do cilindro.

Imagem 360 graus

Como a imagem de vídeo, atualizada em tempo real, é visível ao longo dos 360 graus do Pod, a pessoa pode andar ao redor, e dar uma olhadinha no seu interlocutor também por trás.

Embora isso possa parecer deselegante, é ideal para a visualização de imagens científicas, para que estudantes analisem a anatomia de um corpo ou estudem o choque de partículas no interior dos detectores do LHC.

TeleHumano: projeção 3D quase holográfica 

A mesclagem de duas técnicas de visualização permite a geração de imagens 3D visíveis em 360 graus. [Imagem: Human Media Lab/Queens University]

Ainda que o TeleHumano supere de longe todas as demonstrações de interface em tempo real vistas até agora, o Dr. Vertegaal é modesto.

Ele afirma que “embora pareça ter vindo de uma galáxia distante, a tecnologia não tem nada de complicado”.

Cada Pod é um cilindro de acrílico translucente com 1,8 metro de altura, dotado de um espelho convexo. As imagens são capturadas por câmeras digitais e, nos Pods, são geradas por projetores comuns usados em apresentações.

Modo raio X

Adicionando sensores Kinect – seis ao todo -, eles criaram a primeira aplicação do TeleHumano, chamada BodiPod, voltada para a visualização anatômica.

Além de explorar modelos humanos em 3D, o sistema pode operar em “modo raio X”: ao se aproximar do Pod, o usuário “mergulha” através das camadas da imagem, visualizando pele, músculos, órgãos, ossos e assim por diante.

O equipamento atende a comandos de voz, como “Mostre o cérebro”, ou “Mostre o coração”.

Fonte: Inovação Tecnológica