A busca por tecnologias que permitam a produção de energia solar tem mobilizado cientistas em todo o mundo. A China anunciou recentemente o projeto de construção de uma usina solar espacial para entrar em funcionamento até 2030.
O projeto prevê a instalação do sistema a 36 mil quilômetros da superfície terrestre. Se o cronograma chinês der certo, a estrutura estaria pronta em quinze anos e a energia produzida seria comercialmente viável até 2050. Um dos maiores desafios deste tipo de produção são as alternativas para transmitir a eletricidade à Terra.
A eficiência do sistema, no entanto, é inegável. Quando instaladas no espaço, as placas solares podem funcionar durante 99% do tempo, independente das condições climáticas. Além disso, os especialistas garantem que o modelo chega a ser dez vezes mais eficiente do que os modelos terrestres.
No projeto, os chineses pretendem transmitir a energia através de micro-ondas ou lasers, para que sejam entregues a uma central terrestre. No entanto, para que a ideia seja economicamente viável, a transmissão ainda precisa ultrapassar os 50% de eficiência.
O acadêmico chinês Wang Xiji, de 93 anos e responsável por projetar o primeiro foguete de carga da China, explicou, em declaração à imprensa local, que seria possível construir uma usina solar de até seis quilômetros quadrados. Mas, o projeto ainda tem muitos obstáculos pela frente. Segundo ele, é necessário criar painéis muito finos e leves e o país também precisa desenvolver um novo modelo de veículo de lançamento.
A opção seria uma alternativa interessante para driblar a falta de espaço e ter muito mais eficiência e novas opções para a produção de energia renovável.
Fonte: CicloVivo