Uma pesquisadora brasileira – junto com seus colegas da universidade de Utrecht, na Holanda – teve seu estudo sobre um material que pode substituir o silício aceito pela revista Nature, que analisa as descobertas de cada trabalho antes de publicá-lo.
O material em questão é derivado do telúrio e do mercúrio (telureto de mercúrio) e pode ser mais eficiente do que o grafeno para substituir o silício, componente básico para a criação do transistor, presente em processadores, ou chips eletrônicos.
Ele é, ao mesmo tempo, isolante e condutor. Ou seja, esse material pode revolucionar a computação quântica, tornando essas máquinas ainda mais potentes.
Cristiane Morais Smith (foto acima), professora do instituto de física teórica, chama a descoberta de “Santo Graal dos materiais” por reunir características do grafeno, como a alta condutividade, bem como o chamado “gap”.
Esse gap consiste em uma banda valores de energia proibidos para os elétrons.
Isso permite que o material possa realizar o efeito Hall Quântico de spin, detalhado abaixo, algo que o grafeno não pode fazer nem mesmo em baixas temperaturas. O novo material tem a capacidade de fazer isso em temperatura ambiente.
“Este material que nós propusemos combina as propriedades de materiais semicondutores usuais, como o silício, que é usado na nanotecnologia, com as propriedades do grafeno, que promete ser muito útil”, afirmou a profª. Cristiane, em entrevista a INFO.
“Foi realmente uma grande surpresa, que um único material possa exibir todas estas propriedades, e isto simplesmente ao mudarmos a dopagem.”
Fonte: Seu History com informações da Info