Uma médica está mudando a rotina de uma UTI Neonatal. Sabe como?
Ela canta para bebês. Isadora Pimentel de Souza somou uma paixão de adolescência com a profissão e o resultado é que música dela está acalmando os bebês.
Além do choro dos bebês o que se ouve também nos quartos e corredores da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital das Clínicas de Botucatu é algo bem mais agradável.
O acompanhamento é de uma espécie de mini violão, o ukulele – também conhecido como violão havaiano.
Há pouco mais de dois meses, Isadora encontrou espaço na rotina de cuidados com os pequenos pacientes para colocar o hobby em prática.
“Há um tempo eu comprei esse instrumento e senti a vontade de trazer, por ele ser portátil e poder dividir a música com os bebês. Então a gente procura fazer isso sempre que está mais tranquilo no berçário. Quem pode participar naquele momento vem e canta junto, é muito legal, muito gratificante”, explica.
Reação
A reação dos bebês é impressionante.
“A gente percebe que relaxa, tem alguns bebês que chegam até dormir. Os pais, principalmente dos bebês que estão há muito tempo aqui, com algum problema crônico, se sentem aliviados. É um momento de descontração, quando eles podem interagir com a nossa equipe de um jeito além do profissional”, destaca a médica.
Para mãe da pequena Yasmin, que nasceu prematura aos oito meses de gestação, foi um alento, conta a mãe Luele Geovana de Oliveira.
“Foi muito bom ter esse momento que ela cantava para a gente. Distraía um pouco a cabeça porque é muito difícil passar por tudo isso, ter que ficar todos os dias aqui, inclusive dormindo aqui no hospital”, ressalta.
“Toda vez que canto para esses bebezinhos, me sinto renovada. Tudo isso é feito com muito amor e sou muito grata por viver esses momentos com eles. Depois eu consigo focar melhor no trabalho, com mais humor e criar mais vínculo com as crianças”, completa Isadora.
E Isadora conseguiu mobilizar a todos.
“Foi uma ideia que eu tive, mas logo o pessoal todo abraçou, então quem tem um tempinho, está disponível e quer vem cantar junto”, diz.
“O objetivo de divulgar esse trabalho é justamente sensibilizar as pessoas para qualquer tipo de arte que possa ajudar no tratamento das pessoas que estão internadas. Acho que trazer qualquer tipo de arte para essas pessoas vale a pena.”
Ouça ela tocando numa reportagem da Record TV:
Fonte: Só Notícia Boa com informações do G1 e Record TV