Fonte de vitamina C, ácido fólico, cálcio, potássio, magnésio, fósforo e ferro. Não, não estamos falando de um complexo ou suplemento vitamínico, mas de uma fruta presente na dieta da maioria dos brasileiros: a laranja.
Seja in natura ou na forma de suco, a laranja é uma das frutas mais comuns e de maior benefício para a saúde encontrada nas cestas de compras de feiras e supermercados de norte a sul do país. Além do sabor e da praticidade, seu consumo é um grande aliado de quem quer cuidar bem do organismo naturalmente – e o melhor: gastando pouco.
Além de todos os elementos citados, a laranja contém fibras, pectina e flavonoides, que aumentam o valor nutritivo da fruta. Mas o principal benefício mesmo são as propriedades antioxidantes: são mais de 170 diferentes tipos de fotoquímicos, incluindo mais de 60 flavonoides que apresentam propriedades anti-inflamatórias e inibidoras da formação de tumores e de coágulos no sangue.
Ainda está achando pouco? Pois a laranja ainda atua no controle da pressão arterial, combate o mau colesterol, auxilia nos problemas digestivos, estimula as funções intestinais, previne gripes e infecções, reforça as defesas do organismo, corrige a acidez excessiva do organismo e estimula o sistema circulatório, combatendo inflamações das veias e artérias.
Se não restam mais dúvidas sobre o papel fundamental da laranja em uma dieta equilibrada e rica em benefícios para o organismo, fica a dúvida: qual a melhor maneira de consumir a fruta e obter dela as maiores vantagens para a saúde?
É no bagaço da laranja que encontramos a maior parte das fibras, que estimulam o funcionamento do intestino, e, na parte branca, a pectina, que ajuda a evitar a cárie dentária, produz sensação de saciedade e age na prevenção do câncer do intestino grosso.
Já no suco, a quantidade de potássio é mais concentrada, o que ajuda a controlar a pressão arterial. Além disso, a bebida contém betacaroteno, um renovador celular, e vitamina C, que facilita a absorção do ferro de alimentos como o feijão e a carne.
“Para definir qual a melhor forma de consumo, é preciso pensar na necessidade de cada pessoa em relação a calorias e nutrientes, pois o valor calórico do suco de laranja puro é maior, já que são necessárias pelo menos cinco frutas para encher um copo de 200 ml, e a quantidade de fibras é praticamente inexistente, pois no Brasil tem-se o costume de coar o suco”, explica a nutricionista Lenita Borba.
A especialista ressalta que, com relação aos nutrientes, é preciso levar em consideração necessidades especiais, como as de crianças, idosos ou esportistas, por exemplo. De forma geral, a principal recomendação é o consumo da fruta com todos os seus componentes. Já o suco deve ser consumido com menos frequência do que a fruta. Para evitar excessos calóricos, é melhor diluí-lo em água. Quanto à preferência pelo suco natural ou industrializado, a questão passa muito pelo gosto, diz a nutricionista.
“A indústria repõe nutrientes perdidos no processo de produção com a adição de nutrientes. O que a indústria ainda não conseguiu personalizar é a manutenção do sabor original integralmente, o que é uma desvantagem da industrialização”, afirma Lenita.
Suco, néctar ou refresco?
O Ministério da Agricultura brasileiro obriga os fabricantes a estamparem no rótulo se a bebida é suco, néctar ou refresco. Mas você sabe o que significa cada denominação? Veja o que diz a lei e preste atenção no rótulo:
Suco
Mais concentrado, integral, com 100% de fruta. Se contiver açúcar, a quantidade máxima permitida é de 10% da composição e, no rótulo, deve constar a frase “suco de fruta adoçado”. Corantes e conservantes não podem ser adicionados ao suco – existem algumas exceções, como os sucos de frutas tropicais, nos quais a polpa de fruta pode ser diluída em água potável numa proporção mínima de 35% de polpa, dependendo do sabor.
Néctar
Contém uma concentração menor de polpa de fruta em relação ao suco. Esta concentração, nos néctares, varia de 20% a 30%, conforme a fruta. Ao contrário dos sucos, o néctar pode receber aditivos, como corantes e conservantes.
Refresco
Bebida não gaseificada e não fermentada, obtida pela diluição, em água potável, do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem, com a adição de açúcares. O teor de fruta varia de 2% a 10%. Não há a obrigatoriedade de haver fruta in natura na composição – contudo, neste caso, devem estar claras no rótulo as expressões “artificial” e “sabor de”.
Fonte: IG