'Máquina da felicidade' revela pensamentos felizes da web

Um artista britânico, Brendan Dawes, criou uma máquina muito interessante. A ‘Happiness Machine’ (Máquina da Felicidade) é uma impressora conectada à internet que imprime frases sobre felicidade aleatoriamente. É só pressionar o botão preto e ela imprime frases de qualquer pessoa que tenha mencionado a palavra “feliz” na web.

Brendan Dawes é designer, autor e inventor e participa de eventos no mundo todo. Já trabalhou para clientes como a BBC, Diesel, Reuters, Kellogs, Fox Kids, Channel 4 e Coca-Cola.

O aparelho é interligado ao site We Feel Fine para encontrar as palavras dentro do banco de dados. As frases são impressas como se fossem notas fiscais. A Happiness Machine foi destaque em um evento de design de Londres, o The London Design Festival 2012.

“Eu acredito que o papel tem muitas vantagens como um mecanismo de produção de conteúdo. Você pode rasgá-lo, colocá-lo na carteira ou na bolsa, rabiscar sobre ele ou dar a outra pessoa sem se preocupar se ela trabalha com o mesmo sistema operacional. E tudo isso sem depender de uma fonte de energia para exibição”, disse Brendan em seu site.

O site We Feel Fine foi criado por Jonathan Harris e Sep Kamvar com o objetivo de explorar a emoção do ser humano em escala global. Desde agosto de 2005, We Feel Fine é abastecido por blogs do mundo todo. De poucos em poucos minutos, o sistema busca frases que comecem com “I feel” e “I´m feeling” (“Eu sinto” e “estou sentindo”) e, quando encontra alguma frase, grava a sentença completa e identifica o sentimento expressado pelo autor do blog (ex: triste, feliz, deprimido, etc). Informações como o gênero, idade e até mesmo localização do blogueiro também são salvas.

O resultado disso tudo é um banco de dados com milhões de sentimentos humanos expressos por pessoas do mundo todo. Todos os dias, o site recebe algo em torno de 15 mil a 20 mil sentimentos novos. O site também disponibiliza gráficos com os dados, respondendo questões como “os europeus ficam tristes com mais frequência se comparados a americanos?”, “mulheres se sentem mais gordas que os homens?”, “a chuva afeta o humor das pessoas?”, “qual é a cidade mais feliz do mundo? E a mais triste?”

Jonathan cria projetos para compreender como os humanos se relacionam com a tecnologia e com as outras pessoas. “Utilizo a ciência da computação, estatísticas, narrativas e artes visuais como ferramentas. Acredito no potencial da tecnologia, mas acho que que precisamos deixá-la mais humana”, explica Jonathan em seu website.

Fonte: Revista Galileu