Pirâmide de Marte
A primeira rocha que o robô Curiosity analisou em Marte trouxe surpresas.
A rocha em formato de pirâmide foi encontrada há cerca de três semanas, e logo ficou conhecida como a “pirâmide de Marte”.
Os cientistas resolveram dar uma olhada nela mais atraídos pelo seu aspecto curioso do que por qualquer interesse científico que ela pudesse revelar.
Mas a análise trouxe surpresas, revelando uma composição muito mais variada do que a indicada pelas missões anteriores a Marte.
A rocha, agora batizada de “Jake Matijevic”, em homenagem a um engenheiro da NASA, tem uma composição similar à de algumas rochas encontradas no interior da Terra.
Rocha ígnea
Na Terra, rochas com composição similar à pirâmide marciana normalmente vêm de processos no manto do planeta, abaixo da crosta, a partir da cristalização de magma relativamente rico em água, a uma pressão elevada.
“Esta rocha tem uma composição química muito parecida com um tipo de rocha ígnea pouco comum, mas bem conhecida, encontrada em muitas áreas vulcânicas na Terra,” disse Edward Stolper, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
Este gráfico mostra um dos resultados da análise da Câmera Química, que analisou 14 pontos da rocha alvejadas pelo laser do Curiosity. Os sinais são compatíveis com vários tipos de rocha terrestre, como feldspato, olivina e ilmenita (mineral de titânio). [Imagem: NASA/JPL-Caltech/LANL/IRAP]
“Com apenas uma rocha marciana desse tipo é difícil saber se o processo envolvido é o mesmo [que na Terra], mas esse é um ponto de partida razoável para começarmos a pensar em sua origem,” disse o pesquisador.
A Jake Matijevic foi examinada pela Câmera Química (ChemCam) do Curiosity, e tornou-se a primeira a ser analisada pelo instrumento APXS, um espectrômetro de raios X.
Fonte: Inovação Tecnológica