Gênese do Universo – Antonio de Mello

Não são exatamente estas as palavras, mas Allan Kardec afirma que o Universo se mantém mergulhado em um mar de fluido, o fluido universal. Esta matéria é intangível e invisível e comporta-se como a água. Quando um corpo é mergulhado em água, fica este envolvido totalmente pelo líquido. Assim é o fluido universal.

Cientistas tão materialistas e céticos em assunto do espírito, principalmente os físicos astrônomos, estão admitindo ultimamente a existência de matéria que preenche o vazio do espaço sideral e correm classificá-la com outros nomes. A maioria nunca leu Kardec mesmo com a difusão do Espiritismo. E relatam este fato como “descoberta científica dos últimos tempos”.

O professor Rivail (Allan Kardec) admitia e esperava que a ciência acompanhasse um dia suas descobertas da senda espírita. E se dizia pronto a se retratar caso a ciência comprovasse que algumas de suas teorias contivesse erro. Vemos que está acontecendo o contrário: a ciência vem reiterar o que ele pôs em seus livros.

Além do mais, os astrônomos já estão divulgando que o Big Bang não foi o começo do Universo e sim que uma força incomensurável havia comprimido um universo existente antes deste, que lhe deu origem.

“Saibamos que, assim como estamos colocados no meio de uma infinidade de mundos, também estamos no meio de uma dupla infinidade de durações, anteriores e ulteriores; que a criação universal não se acha restrita a nós, que não nos é lícito aplicar essa expressão à formação isolada do nosso pequenino globo.” (Allan Kardec, A Gênese, Criação Primária)

Deus, para Kardec, não é uma figura humanóide trajada de rei. É um ser de luz, todo-poderoso, criador de tudo. Não seria todo-poderoso se existisse algo ou alguém que tivesse o poder de criá-lo. Portanto, sempre existiu. Se Ele sempre existiu, morava Ele no nada antes de surgir o Universo? Não, já havia outro universo antes, e outro, e outro. Infinitamente para trás no tempo, assim como existirão outros infinitamente para o futuro.

“É, pois, exato dizer-se que, sendo as operações da Natureza a expressão da vontade divina, Deus há criado sempre, cria incessantemente e nunca deixará de criar.” (Allan Kardec, A Gênese, Criação Universal)

Fonte: http://1948.blog.uol.com.br