Neurocirurgião escreve livro sobre sua experiência de quase morte

Um neurocirurgião professor de Harvard o Dr. Eben Alexander tem muito que falar e quer que todo mundo ouça. Ele quer que a ciência entenda que o “Paraíso” existe. Mas ele, um acadêmico de Harvard, não brinca em serviço, ele merece crédito. Ele não acha que o “Paraíso” existe porque quer atenção, ele sabe que o “Paraíso” existe porque viveu uma semana lá.

Tudo começou quando Eben acordou com dor de cabeça em uma manhã de 2008. Não suportando a dor, foi levado ao hospital. Chegando lá, foi diagnosticado com um surto de meningite bacteriana –algo muito raro e que costuma atingir apenas recém-nascidos. A bactéria havia entrado em seu fluido cérebro-espinhal. A dor que ele sentia era da bactéria comendo seu cérebro e do seu córtex sendo desligado.

Eben chegou ao hospital com poucas chances de ter alguma sobrevivência que fosse além do estado vegetativo. Com o passar do tempo, essa estatística caiu pra praticamente zero. Uma semana depois, quando os médicos já debatiam se continuavam ou interrompiam o tratamento, ele abriu os olhos. Totalmente consciente e com uma certeza: passara os últimos dias no Paraíso.

A descrição do neurocirurgião é tão rica, tão cheia de detalhes que realmente leva a crer que ele não está inventando nada disso. Tanto que ele foi capa da revista americana Newsweek e está lançando um livro, que chega às lojas norte americanas dia 23 de outubro. Um acadêmico sério, um professor com respeitada carreira em Harvard, um médico especialista em cérebro…qualquer uma dessas pessoas falando de coisas como experiência pós-morte e reino espiritual chamaria atenção. Um ser humano que reúne as 3 características se importar em escrever um livro inteiro sobre o tema é suficiente para fazer o mundo virar a cabeça lentamente e se perguntar “Será que…?”

Eben diz que estava em cima de nuvens rosadas que contrastavam com um céu azul escuro. Acima dele, seres transparentes (nem anjos, nem pássaros, uma forma superior, segundo ele) cruzavam o céu. Ele sentia como se estivesse naquele lugar há muito tempo e não tinha nenhuma memória de sua vida aqui na Terra. A sinestesia imperava: sons são sentidos pela pele “como uma chuva que você sente mas não te molha”. O médico ficou o tempo todo acompanhado de uma mulher de olhos azuis que não falava nada, e nem precisava: “Se ela te olhasse daquele jeito por 5 segundos, sua vida inteira até aquele momento já teria valido a pena.” As cores de tudo à sua volta tinham um aspecto “avassalador e super vívido” – ele ficou um tempo com a mulher em cima de uma asa de borboleta, enquanto outras incontáveis borboletas voavam em volta deles.

O olhar arrebatador da mulher não era de amizade, nem de sedução ou amor: era algo muito além, muito acima e inédito para olhos mundanos – expressão bastante recorrente em seu relato. Sem falar nada, ela disse pra ele:

– “Você é amado e querido para sempre”

– “Você não tem nada para temer”

– “Não tem nada que você pode fazer de errado”

E depois ainda emendou “Iremos mostrar muita coisa pra você aqui. Mas, eventualmente você vai voltar”. Tudo isso apenas olhando para Eben, que se perguntava “Voltar pra onde?”. As respostas para suas perguntas existencialistas vinham “como uma explosão de cor, luz, amor e beleza que explodia em mim como uma onda quebrando”.

No final do seu relato, Eben deixa claro que sua estada no “paraíso” lhe pareceu mais real do que qualquer outra coisa que tenha acontecido com ele durante sua vida – casamento e nascimento de filhos incluso. Evidente que o relato de Eben não está acima de qualquer suspeita, mesmo que ele tenha passado por tudo isso, não há como garantir que esse lugar é real: todos nó sabemos quanto um sonho pode parecer real, mais até que a própria realidade, em alguns momentos. A diferença é que estamos falando de alguém que sempre teve todos os motivos do mundo para ser cético. É a ciência, mais uma vez, se confrontando com as imprecisões da mente e da alma humana.

Fonte: Revista Galileu – Via Daily Mail