Um elefante-asiático surpreendeu os cientistas com sua habilidade de pronunciar palavras, em coreano.
Pesquisadores da Universidade de Viena contam que o mamífero chamado Koshikque viveu no zoológico da cidade de Yongin, na Coreia do Sul, aprendeu a imitar sons humanos e é capaz de falar cinco palavras.
De acordo com um estudo, o elefante posiciona a ponta da tromba na boca e transforma o seu bramido em uma imitação convincente de fonemas humanos. A pesquisa sobre as habilidades de Koshik foram publicados no jornal científico Current Biology.
O elefante entra agora para o seleto grupo de espécies capazes de imitar sons humanos, como papagaios, leões marinhos e baleias belugas.
Pesquisa
O trabalho, coordenado por Angela Stoeger, da Universidade de Viena, começou com gravações das habilidades vocais de Koshik. “Nós perguntamos a coreanos nativos, que não conheciam o elefante, para escrever o que eles entendiam, quando escutavam gravações sobre os sons de Koshik”, conta ela. Os resultados foram um alto índice de compreensão do que foi “dito” por ele.
O estudo listou cinco palavras, em coreano, pronunciadas pelo mamífero: “annyeong” (olá); “anja” (senta); “aniya” (não); “nuwo” (deita) e “choah” (bom). “O discurso humano tem dois aspectos importantes, um é o tom e outro é o timbre, e Koshik preenche ambos aspectos, disse a pesquisadora à BBC.
Comunicação para criar laços
Geralmente, um elefante produz sons mais profundos, em uma frequência tão baixa, que não pode ser ouvida pelos humanos, mas estes sons podem ser transmitidos por quilômetros de distância. No entanto, os pesquisadores acreditam que Koshik não compreende as palavras que pronuncia, na verdade, a tagarelice do elefante seria uma forma de criar laços com os humanos.
Entre as idades de 5 e 12 anos, Koshik esteve no zoológico de Everland, na cidade sul-coreana de Yongin, e os pesquisadores acreditam que o período foi crucial para o desenvolvimento vocal dele. Cientistas acreditam que o caso pode ajudar a entender o desenvolvimento da capacidade de falar dos humanos.
Fonte: Estadão