São Paulo, a cidade das grandes obras, não aprendeu a fazer rampas.Por isso, um publicitário paulista criou um projeto que pela internet vai informar sobre os trajetos com mais acessibilidade para as pessoas com deficiência física. “Os próprios cadeirantes vão ajudar a gente nesse mapeamento da cidade”, diz Eduardo Battiston. A ideia é ampliar o mapeamento a outras capitais.
O publicitário Eduardo Battiston não é cadeirante, mas entende a profundidade do tema. E quer fazer sua parte.
A vida de um cadeirante não é fácil. Apesar dessa afirmação ser verdadeira, ela não passa de uma suposição quando vinda da boca de um não-cadeirante. Só dá pra imaginar as dificuldades de locomoção que alguém nessas condições enfrenta todo dia, se sentirmos na pele esse desafio. Entender e se sensibilizar com o problema implica em assumir a perspectiva de um cadeirante, e é exatamente isso que o acessibility view propõe.
O objetivo é mapear São Paulo do ponto de vista da acessibilidade. Mostrar os pontos mais críticos, as rotas mais viáveis e tudo mais que possa facilitar a vida do portador de deficiência física. “O accessibility view vai funcionar como um Google Street View das calçadas”, explica Eduardo Battiston o homem por trás da ideia. Para realizar esse mapeamento, Eduardo quer pegar um grupo de membros da Associação de Assistência à Criança Deficiente AACD, equipá-los com câmeras fotográficas e mandar essa turma pra rua, pra tirar fotos panorâmicas como as do próprio Street View.
A ideia é uma das finalistas do Creative Sandbox, o programa do Google que vai patrocinar uma grande ideia brasileira que utilize pelo menos um produto da empresa em prol de um mundo melhor. A iniciativa vencedora será anunciada dia 5 de dezembro e receberá R$ 35 mil para ser colocada em prática. O acessibility view será um processo colaborativo e que, aos poucos, vai colocando a questão da acessibilidade no centro do debate público.
Confira o vídeo de divulgação do Acessbility View (baixe o volume do player da rádio).
Confira o vídeo de matéria feita pelo SBT.
Fonte: Revista Galileu – Uol