Pão à prova de mofo por 2 meses: nova técnica pode ser o fim do desperdício

Uma empresa americana diz ter desenvolvido uma técnica que poderia manter um pão livre de mofo por 60 dias.

Segundo a empresa, chamada Microzap, para que isso seja possível, o pão é submetido a uma bateria de micro-ondas que matam os esporos causadores do mofo em uma espécie de forno metálico.

A nova técnica poderia reduzir significativamente a quantidade de pão desperdiçada, de acordo com seus criadores.

E não é só o pão. A novidade poderia ser utilizada para proteger uma ampla variedade de alimentos contra o mofo, como frutas, vegetais e carnes de aves.

A alta taxa de desperdício de alimentos é um grande problema em muitos países.

A família americana joga fora em média 40% dos alimentos que compra – um total de US$ 165 bilhões (R$ 347 bilhões) por ano.

No Reino Unido, um terço dos pães comprados nas padarias e supermercados vai para o lixo, segundo o Departamento de Assuntos Ambientais, Alimentares e Rurais britânico (Defra, na sigla em inglês).

TECNOLOGIA

No caso dos pães, eles são vendidos em sacos plásticos e a água que evapora deles faz com que o ambiente dentro da embalagem fique úmido, favorecendo o crescimento do Rhizopus stolonifer, o fungo que causa o mofo.

Em condições normais, um pão embolora em cerca de dez dias.

A técnica da Microzap, que evitaria isso, foi desenvolvida no laboratório da empresa no campus da Texas Tech University, em Lubbock.

Don Stull, diretor-executivo da Microzap, diz que inicialmente o emissor de micro-ondas metálico foi desenvolvido para matar bactérias, como a da salmonela, mas os investigadores descobriram que poderiam matar os esporos que fazem o pão mofar em cerca de 10 segundos.

“Tratamos uma fatia de pão com esse dispositivo e então checamos se havia mofo e comparamos com um grupo de controle”, disse Stull. “Depois de 60 dias, o pão tinha tanto mofo como quando saiu do forno.”

A máquina que destrói os esporos causadores de mofo usa uma tecnologia semelhante a dos micro-ondas comerciais, mas com algumas diferenças importantes, segundo Stull.

A principal delas é que esse aparelho garantiria uma frequência de micro-ondas homogênea, sem os pontos quentes e frios dos micro-ondas que as pessoas têm em casa.

Stull diz acreditar que essa tecnologia poderia permitir aos fabricantes de pão e outros alimentos evitar a adição de muitos conservantes em seus produtos – e também a adição de outras substâncias químicas que visam esconder o sabor desses conservantes.

Fonte: Só Notícia Boa com informações da BBC.