Mulher alérgica a tecnologia moderna é forçada a viver em Gaiola de Faraday

Velma é uma londrina de 51 anos que passa 18 horas por dia em sua *gaiola de Faraday caseira devido à sua alergia a campos magnéticos.

Quando ela sai, tem de vestir um cachecol especial que a protege das ondas eletromagnéticas. Ela é uma portadora da Síndrome de Hipersensibilidade Eletromagnética (EHS, na sigla em inglês), que começou aos dez anos quando ela tocou o botão do aquecedor elétrico de seu banheiro e levou um choque.

Sua vida correu normalmente desde então, com os sintomas mal sendo percebidos, a ponto dela trabalhar como secretária em várias empresas nas quais o computador era seu objeto de trabalho. “Naquela época, eu já podia sentir uma gigantesca agitação ao usar o computador, mas eu achava que era apenas porque eu não tinha as habilidades tecnológicas”, lembra Velma.

Apesar da crença de que choques anteriores tornem as pessoas mais suscetíveis, a rara doença só atacou de vez com a chegada das tecnologias 3G. Toda vez que ela é exposta a um aparelho do tipo, ela sofre insuportáveis dores de cabeça, nos nervos e nas articulações, perda de memória, zumbidos, palpitações no coração e vertigens. Para viver sem sofrimentos, ela passa a maior parte da vida lendo, escrevendo e dormindo em uma gaiola de Faraday que ela mesma construiu ao custo equivalente de R$ 1.000.

“Eu não posso fazer nada que as pessoas normais fazem sem que meus sintomas apareçam. Eu tenho que fazer tudo em minha gaiola. Ela tornou minha vida um inferno vivo”, lamenta Velma.

Como era de se esperar, sua vida social é quase nula. Mesmo tendo amigos compreensivos, ela reconhece que “não há muito tempo para passar com a mulher que não pode ir a lugar algum nem fazer nada”. Velma também não consegue trabalho devido à doença.

Sua “casa” é uma gaiola criada inicialmente pelo químico e físico inglês Michael Faraday para provar que é possível anular eletricamente o interior de um objeto ao se distribuir homogeneamente as cargas na área externa de sua superfície condutora.

“Nós precisamos desesperadamente de uma zona branca – uma área onde haja pouca ou nenhuma emissão – onde nós possamos ir relaxar e nos recuperar”, diz Velma.

Mas há um problema: Só a Suécia e a Espanha reconhecem a EHS como uma doença. Velma já visitou médicos, mas só ouviu respostas amargas como “há pessoas com problemas piores que os seus lá fora”.

A Dra. Erica Mallery-Blythe, falando sobre EHS, afirma: “Adultos e crianças hoje são expostos a níveis muito altos de campos eletromagnéticos que nenhuma vida no planeta jamais testemunhou antes. Não é surpresa que os números daqueles com EHS e outras doenças ligadas à exposição eletromagnética estejam aumentando”.

Especialistas acreditam que metade da população mundial poderia ser afetada pelos níveis de exposição se o uso de tecnologia continuar crescendo nos próximos anos.

 

Gaiola de Faraday, foi um experimento conduzido por Michael Faraday para demonstrar que uma superfície condutora eletrizada possui campo elétrico nulo em seu interior dado que as cargas se distribuem de forma homogênea na parte mais externa da superfície condutora (o que é fácil de provar com a Lei de Gauss), como exemplo podemos citar o Gerador de Van de Graaff.

No experimento de Faraday foi utilizada uma gaiola metálica, que colocou um isolante um exemplo uma cadeira de madeira e sentou-se, deu-se uma descarga elétrica,e nada o aconteceu, e provou que um corpo dentro da gaiola poderia permanecer lá, isolado e sem levar nenhuma descarga elétrica pois os elétrons se distribuem em sua parte exterior da superfície.

 

Fonte: R7 e Wikipedia